
A 14ª edição do festival FMM de Sines estará repartida por dois fins de semana: de 19 a 21 e de 26 a 28 de julho.
Uma das estreias é a do músico Jupiter Bokondji, 50 anos, oriundo de um gueto da República Democrática do Congo e que editará em abril o primeiro álbum, «Hotel Univers».
Jupiter Bokondji, conhecido no gueto de Lemba como «general rebelde», foi «descoberto» por dois realizadores franceses – os mesmos que deram a conhecer os Staff Benda Bilili – que o filmaram para o documentário «Jupiter’s Dance», em 2004.
O músico diz-se fundador de um novo estilo musical – o «bofenia rock» – que é um cruzamento entre a música tribal e a música urbana do Congo. No verão andará em digressão com o grupo Okwess International, formado por músicos de cerca de uma dezena de províncias do Congo.
As duas outras estreias no FMM de Sines são de dois músicos nascidos nos anos 1980: a cantora Fatoumata Diawara, do Mali, e o cantor e guitarrista Omara Moctar, mais conhecido como Bombino, do Níger.
Fatoumata Diawara, que editou em 2011 o álbum de estreia «Fatou», nasceu no Mali, mas o percurso na música passa por França, onde trabalhou como atriz, seguindo hoje na música um percurso influenciado, segundo a organização do festival, pela tradição das artistas Oumou Sangaré e Rokia Traoré.
Já Bombino, nome artístico de Omar Moctar, filho de pastores tuaregues e que começou por ser cozinheiro, chegará a Sines como um guitarrista marcado por músicos como Ali Farka Touré e Jimi Hendrix, escreve a organização do festival.
Em 2004 estreou-se com o álbum «Agamgam» e em 2011 editou «Agadez». Ambos revelam uma sonoridade entre os blues, o rock e a música tradicional tuaregue, já antes trilhada por nomes como Tinariwen e Tartit.
Aqueles três nomes juntam-se às já anunciadas presenças da cantora Oumou Sangaré (Mali), do instrumentista Béla Fleck (EUA) e do trompetista Hugh Masekela (África do Sul).
@Lusa
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