
Uma agência bancária está no local da grande avenida comercial londrina que era ocupado pelo Marquee Club, onde, a 12 de julho de 1962, um novo grupo formado por Brian Jones, Mick Jagger, Keith Richards e outros três músicos deu os primeiros passos num palco.
Jagger e Richards, amigos de infância, tinham então 19 anos, e Brian Jones, que morreu tragicamente afogado numa piscina em 1969, tinha 20 anos.
Reis da provocação, que nos anos seguintes passaram a contar com Bill Wyman e Charlie Watts, não podiam imaginar que se tornariam numa referência para gerações de músicos e venderiam mais de 200 milhões de álbuns, com direito a clássicos, como «(I Can't Get No) Satisfaction» e «Jumpin' Jack Flash».
«Começámos como um grupo de blues, tocando em clubes, e, mais tarde, já lotávamos os maiores estádios do mundo com o tipo de espetáculo que nenhum de nós teria imaginado no início», afirma uma nota publicada em março no site oficial do grupo, um resumo de «50 anos fantásticos».
O grupo, que alcançou o apogeu artístico entre o final dos anos 1960 e o início dos anos 1970 com os álbuns «Beggars' Banquet», «Sticky Fingers» e «Exile on Main Street», superou crises, abuso de drogas e mudanças na sua formação.
O sinal de que a popularidade dos Stones permanece alta é comprovado pelas especulações sobre um possível concerto para celebrar o 50º aniversário.
A revista Rolling Stone, que tal como o grupo tem o nome de uma canção da lenda do blues Muddy Waters, informou de que a possibilidade da apresentação é grande. E, com a reunião dos Rolling Stones para os primeiros ensaios em cinco anos, começam os boatos sobre uma digressão no próximo ano. A última série de apresentações aconteceu de 2005 a 2007 para promover o último álbum de estúdio da banda, «A Bigger Bang».
«Para 2012 não estamos prontos», declarou Keith Richards em março, antes de afirmar que 2013 era uma data mais realista. Mick Jagger também negou uma apresentação nos Jogos Olímpicos de Londres, que começam a 27 de julho. «Não tocaremos nos Jogos Olímpicos, mas tenho vontade de assistir ao evento, como toda a gente», escreveu no mês passado na sua conta no Twitter.
Para celebrar meio século de carreira, os fãs poderão visitar uma exposição de fotos do grupo intitulada «The Rolling Stones: 50», que será aberta ao público na quinta-feira, 12 de julho, na Somerset House de Londres. Para além disso, será lançado um livro com o mesmo nome.
Um documentário sobre a agitada história do grupo deve chegar aos cinemas em setembro. Será uma nova oportunidade de abordar a tensa relação da dupla central formada pelo carismático vocalista Jagger e pelo turbulento guitarrista Richards, famoso pelos «riffs» geniais e por histórias lendárias de abusos de drogas. A divergência ressurgiu em 2010 com a publicação da autobiografia de Keith Richards, que, entre outras alfinetadas, criticou Jagger por ter aceite um título de nobreza da rainha Elizabeth II. Num excerto do livro, Richards chama Jagger, de forma irónica, de «Sua Majestade».
@SAPO com AFP
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