Fundados 1995, em Tucson, Estados Unidos, os Calexico, com sete álbuns no currículo, só são batidos pelos Belle and Sebastian por um álbum, sendo que estes surgiram na Escócia, um ano mais tarde.

Nenhuma das duas bandas é estreante nos palcos portugueses e ambas editaram os seus últimos discos no ano passado.

Na altura, os escoceses da “folk-pop” conseguiram, para o seu “Belle and Sebastian talk about love”, uma crítica classificada com um “8.2”, valor “notável” na escala da publicação eletrónica Pitchfork, que se estabeleceu como referência.

Os Calexico, por seu lado, ficaram-se pelos “7.3” para o seu “Algiers”, que vai buscar o nome não à cidade norte-africana, capital da Argélia, mas a um bairro de Nova Orleães, cidade ainda a sofrer o “pós-Katrina”, para onde se mudou a banda para gravar o disco.

“É outro sólido disco dos Calexico, impecavelmente concebido e trabalhado com imaginação”, escreveu o crítico Stephen M. Deusener, da Pitchfork, sobre o último registo de uma banda que tem sabido misturar as suas influências da “folk” com a música latina, um “tex-mex”, por vezes, que se encaixa nessa amálgama que é a “americana”

Com estes dois valores seguros, o cartaz do festival Paredes de Coura compõe a faceta “novidade” com a folk-rock dos Phosphorescent, que tiveram alguma projeção com o tema “Song from Zula”, ou o rock dos britânicos Palma Violets, que receberam boas críticas pelo seu primeiro álbum, “180”.

O dia do palco principal começa com os portugueses “Black Bombain” e seu “stoner rock”, que tem acumulado fãs muito para lá das fronteiras nacionais.

Imaginary Friend e Abominável, no palco JN Bandas, ou os :papercutz, já no palco Vodafone FM, são outras propostas nacionais a ter em conta.

Da programação de hoje do Vodafone Paredes de Coura ainda se destaca a presença dos franceses Justice, em formato de DJ set, seniores da eletrónica do “garage rock” dos Bass drum of death e da pop psicadélica dos Ducktails.

@Lusa