"Ela desenvolveu, com o seu trabalho, a consciência de que a paz é um valor absoluto no mundo e influiu, de forma duradoura, no papel que a arte e a cultura podem desempenhar em sua consecução", explicou o instituto.

O prémio "tem uma mensagem para mim, que mostra que vocês entenderam o que eu faço", agradeceu Yoko Ono.

A viúva de John Lennon pediu ainda que seja deixado um mundo em paz para as futuras gerações. "Agora, é hora da ação, e a ação é a paz. Pensem na paz, ajam pela paz e expandam a paz. Vamos fazer isso juntos", concluiu a artista de 80 anos.

Yoko decidiu doar os 10 mil euros do Prémio Theodor Wanner - fundador do instituto - a Boniface Mwangi, que dirige a Pawa 254, uma plataforma que ajuda jovens artistas no Quénia.

Em dezembro passado, Yoko Ono já havia sido agraciada com a medalha Rainer Hildebrandt, nome do fundador do Museu Checkpoint Charlie, o antigo ponto de controlo entre Berlim Ocidental e Oriental, divididas pelo Muro de Berlim durante a Guerra Fria.

A artista também luta contra a fome no mundo e contra a exploração de gás de folhelho (xisto).

A ceriménia foi realizada perto do Portão de Brademburgo, na presença do ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle.

@AFP