A Netflix superou as expectativas na quinta-feira, ao reportar que teve nos primeiros três meses do ano mais 9,3 milhões novos subscritores e lucros de 2,3 mil milhões de dólares (2,16 mil milhões de euros].
A Netflix, sediada em Silicon Valley, apostou fortemente na sua linha de conteúdos para conquistar fãs, com os subscritores a totalizarem 269,6 milhões.
“Com mais de duas pessoas por família, em média, temos uma audiência de mais de 500 milhões de pessoas”, disse a Netflix em carta aos investidores.
"Nenhuma empresa de entretenimento programou antes a esta escala e com esta ambição", notou.
Numa considerável mudança estratégica, a empresa anunciou que deixará de reportar números trimestrais de subscritores a partir de 2025 e apenas destacará de forma não regular 'marcos'.
A Netflix justifica estar agora mais focada nas receitas e na margem operacional como as principais métricas financeiras, e no tempo gasto como melhor indicador da satisfação dos seus clientes, pelo que as subscrições “são apenas uma componente do nosso crescimento”.
As ações caíram mais de 3%, para 589,64 dólares (553,93 euros] nas transações eletrónicas após o fecho dos mercados, aparentemente devido ao facto de ter informado que as vendas no atual trimestre podem vir a ser menores do que as expectativas do mercado.
A Netflix obteve um lucro de mil milhões de dólares a mais no trimestre do que no mesmo período do ano passado, de acordo com dados.
A receita reportada no trimestre terminado recentemente foi de 9,4 mil milhões de dólares [8,83 mil milhões de euros], em comparação com 8,2 mil milhões no mesmo período do ano passado.
As ações da Netflix subiram desde o início deste ano, à medida que o número de subscrições cresceu com a repressão à partilhada das senhas fora de casa.
Numa tentativa separada de obter receita, a Netflix lançou pela mesma altura um pacote subsidiado por anúncios.
A Netflix revelou um amplo alinhamento de séries e filmes no início deste ano, apostando que o conteúdo imperdível manteria os espectadores a pagar pelo serviço de streaming.
Em março, a Netflix lançou a tão aguardado série “O Problema dos 3 Corpos”, adaptada de uma trilogia chinesa de 'best-sellers' que se passa numa versão alternativa da realidade moderna, onde a humanidade fez contacto com uma civilização extra-terrestre.
Outros programas que serão lançados ainda este ano incluem a aguardada segunda temporada de “Squid Game” – o conto de terror distópico coreano sobre um concurso fictício e mortal que continua a ser de longe a série de TV da Netflix mais vista de todos os tempos.
A história acompanhará o regresso do herói Gi-hun enquanto abandona os seus planos de ir para os EUA e “inicia uma perseguição por um motivo”.
Ainda numa programação notavelmente internacional estarão uma série de 16 episódios em língua espanhola, de produção colombiana, baseada no amado romance de Gabriel Garcia Márquez "Cem Anos de Solidão", e um drama em seis partes sobre a vida do grande piloto brasileiro Ayrton Senna.
O príncipe britânico Harry e a sua esposa, a atriz Meghan Markle, estão a trabalhar em duas séries de não ficção com a Netflix – um programa de estilo de vida e um programa sobre pólo profissional, anunciou a sua produtora no início deste mês.
O casal, que se separou da monarquia britânica em 2020 e agora reside na Califórnia, assinou contrato com a gigante do streaming nesse mesmo ano para vários projetos.
Do lado do cinema, Eddie Murphy regressa este verão para o quarto filme da saga "O Caça-Polícias".
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