“O primeiro álbum dos Madredeus, ‘Os Dias da Madredeus’, vai ser publicado num duplo LP de vinil e num CD simples de edição limitada fac-similados, que reproduzem ao pormenor o luxuoso LP original de 1987 e repõem na íntegra o alinhamento original”, afirma a discográfica em comunicado.
A nova edição é “o primeiro verdadeiro restauro sonoro que ‘Os Dias da Madredeus’ vê em 30 anos, desde o lançamento original em 1987”.
“Pela primeira vez, a edição em CD repõe a íntegra dos 16 temas do alinhamento original do LP. Em 1987 a tecnologia limitava um ‘compact-disc’ aos 70 minutos de música, o que implicou que, para caber num único CD, ‘Os Dias da Madredeus’ fosse amputado de um tema”, tendo ficado de fora “A Estrada do Monte”, que passa a incluir o novo CD.
A discográfica recorda que a primeira tiragem de ”Os Dias da Madredeus” esgotou rapidamente e a canção “A Vaca de Fogo” tornou-se “num êxito”, tendo os Madredeus, liderado por Pedro Ayres Magalhães, sido “o grupo revelação do ano”.
O disco foi assinado individualmente pelos cinco membros do grupo – Pedro Ayres à guitarra clássica, Rodrigo Leão ao teclado, Gabriel Gomes ao acordeão, Francisco Ribeiro ao violoncelo e Teresa Salgueiro na voz.
O título do LP referia-se ao bairro lisboeta da Madre de Deus, junto ao convento sob essa invocação, onde ficava o Teatro Ibérico, que era a sala de ensaios do projeto.
“Pelo facto do álbum aí ter sido gravado ao longo de três dias, a 28, 29 e 30 de julho de 1987”, o bairro deu o nome ao grupo.
“Na verdade, ‘Os Dias da Madredeus’ foi gravado de madrugada, inteiramente ao vivo, com um gravador digital de duas pistas, depois dos elétricos deixarem de passar e com os músicos a tocar descalços em cima de almofadas. Não houve pós-produção e todas as misturas foram feitas no momento durante cada ‘take’”, refere a Warner Music.
A nova edição, quer em LP quer em CD, reproduz o arranjo gráfico original da pintura de José Alexandre Gonefrey.
Pedro Ayres Magalhães fazia parte dos Heróis do Mar e Rodrigo Leão dos Sétima Legião, tendo criado os Madredeus como “’um grupo de música portátil’, que pudesse viajar facilmente pelo mundo com instrumentos acústicos”.
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