O espetáculo “Be with me now”, que conta com música de Vasco Mendonça e um “olhar novo para a ópera”, estreia-se esta terça-feira, 10 de novembro, em Portugal, na Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), em Lisboa.

“Com esta produção pretende-se dar, precisamente, esse olhar novo para a ópera, um novo formato de ópera, que possa atingir um público mais alargado e diversificado, e trazer uma linguagem mais acessível”, disse à Lusa o diretor adjunto do serviço de música da FCG, Miguel Sobral Cid.

“Be with me now” é apresentado pela Fundação como “um percurso amoroso através da ópera europeia”, que conta a direção musical de Manoj Kamps, encenação de Julien Fisera e dramaturgia de Isabelle Kranabetter.

“’Be with me now’ não é uma ópera tradicional é um espetáculo musico-teatral”, com música de Mozart, Bellini, Britten, Pablo Luna, Michel Lambert, Stravinsky, Wagner, Händel, Mitterer e com composições inéditas de Vasco Mendonça e de Daan Janssens, afirmou Miguel Sobral Cid.

O espetáculo assinala os cinco anos da Rede Europeia de Academias de Ópera (European Network of Opera Academies - ENOA), iniciativa de cooperação no domínio da ópera e do ensino da música, que é um trabalho conjunto de 11 instituições de 10 países europeus, que “olham para a ópera enquanto linguagem comum, linguagem universal”, referiu Sobral Cid.

“Nós olhamos para a ópera, não de um modo convencional, mas antes para dar a um novo público, que queremos para a ópera, uma linguagem mais contemporânea. Consideramos que a ópera é um espetáculo musico teatral com uma linguagem inovadora dos nossos dias”, disse à Lusa.

O elenco é constituído pelas sopranos Martje Rammeloo e Rannveig Káradóttir, a meio-soprano Kinga Borowska, o tenor Gwilym Bowen, e o barítono Tomasz Kumiega, sendo solistas os músicos Fanglei Liu (violino), Sébastien van Kuijk (violoncelo) e Ana Filipa Lima (flauta).

“No fundo, este é um espetáculo de alto risco, porque queremos mostrar aquilo que é esta rede europeia em todas as suas vertentes, e é difícil dar isso tudo num só espetáculo”, disse Sobral Cid, que acrescentou: “Este repertório tem precisamente aquilo que é o nosso ADN e o ADN da cultura europeia. A ópera é um género transversal à cultura europeia”.

“Be with me now” estreou-se no Festival d'Aix-en-Provence, em França, em julho último, e foi já apresentada na Ópera Nacional Neerlandesa, em Amesterdão, em agosto, e no Bayerische Theaterakademie August Everding, em Munique, na Alemanha, no passado dia 17 outubro.

Depois de Lisboa, o espetáculo musico-teatral subirá à cena no Teatr Wielki-PNO, em Varsóvia, no próximo domingo, na Philharmonie de Paris, em março do próximo ano, no La Monnaie I De Munt, em Bruxelas, em abril próximo, e, finalmente, no Aldeburgh Music, em Aldeburgh, no Reino Unido, em junho de 2016.

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