"Uma das coisas que tentamos fazer com este festival é mostrar que estamos abertos a muitos estilos diferentes e a pessoas de todo o mundo. Tentamos ir além daquilo que as pessoas esperam do Lincoln Center e surpreender", disse à agência Lusa o diretor do festival, Nigel Redden.

O evento, que acontece até ao próximo dia 30, vai reunir 20 produções e 43 atuações nas áreas da dança, teatro, música e cinema.

Além de artistas dos EUA, há convidados da Síria, Palestina, Israel, Tunísia, Chade, Cabo Verde, China, Japão, Reino Unido, Alemanha, França Polónia, Rússia, Brasil, Cuba e Canadá.

"A receção ao festival tem sido fantástica", disse o diretor à Lusa, em quando do anúncio do programa, acrescentando que, "pelos anos anteriores, podemos dizer que estes concertos têm sempre uma aceitação muito grande".

O responsável lembrou que o Lincoln Center é conhecido pelas suas produções de ballet e ópera e diz que o festival de verão "é uma oportunidade para mostrar arte menos clássica a uma audiência tradicional, que pode, assim, descobrir músicos que não conheceriam de outra forma".

É nessa perspetiva, garante Nigel Redden, que são incluídos artistas do mundo lusófono pouco conhecidos nos EUA, como Carlinhos Brown, que atua no David Geffen Hall no próximo dia 15.

"Já tivemos o Carlinhos Brown antes e é um prazer recebê-lo de novo. Impressionou toda a gente, não só com a sua música, mas com a vitalidade da sua 'performance'. Vai atuar numa das nossas grandes salas, o que vai permitir que muita gente o veja", disse.

Sobre Tcheka, que atua a 27 de julho, o organizador do festival diz que "o cantor e compositor de Cabo Verde recupera tradições africanas antigas, fundindo com outras formas para oferecer algo novo", e esse é um dos objetivos da sua programação.

O concerto de Tcheka fará parte de um ciclo intitulado "Noites Nómadas: Música nas Encruzilhadas", que acontece nos dias 25 a 29 de julho, e inclui artistas da Polónia, Cuba, Canada e Palestina.