O presidente da associação, Shiv Kumar Singh, explicou que o Festival Gandhi visa promover os “valores da cidadania global, paz e integração” e mostrar aos portugueses as “várias facetas da cultura indiana” no país, com sessões de yoga, mostra gastronómica, danças indianas, exibição de filmes de Bollywood ou jogos tradicionais.
O objetivo é “juntar a diáspora” e “combater preconceitos e a ignorância”, porque “todos queremos felicidade e integração”, independentemente da origem de cada pessoa.
Para Shiv Kumar Singh, o festival, que vai na sua quinta edição, é também uma forma de mostrar como a comunidade está integrada na sociedade portuguesa.
“Quanto mais partilha e menos desconhecimento houver, mais integração existe”, afirmou o dirigente, que disse compreender os receios de muitos portugueses em relação aos imigrantes daquela região do globo.
“É normal que à medida que a comunidade sul asiática vai crescendo, existam discursos xenófobos” e “alguns querem “aproveitar-se para criar ódio contra os imigrantes”.
Mas os imigrantes “vieram para ficar e trabalhar” e procuram ajudar o país, afirmou Shiv Kumar Singh, que recordou o papel de muitos estrangeiros no combate aos fogos no norte e centro do país.
“Há muitos imigrantes que estiveram a combater incêndios e muitos trabalhadores, que eram migrantes, fizeram o possível por salvar os bens dos seus patrões”, acrescentou.
Apesar disso, o “discurso de ódio contra os imigrantes é minoritário” e “sentimo-nos bem recebidos”, acrescentou o dirigente.
Segundo o relatório mais recente da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), os indianos são a quinta nacionalidade mais representativa entre os imigrantes em Portugal.
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