As iniciativas decorrem nos dias 27, 28 e 29 de novembro, mas é obrigatório fazer reserva, devido à limitação do espaço e às condições de segurança impostas pela situação de pandemia, anunciou hoje a Casa Fernando Pessoa, em comunicado.

Localizada na Rua Coelho da Rocha, em Campo de Ourique, Lisboa, a casa onde o poeta Fernando Pessoa morou nos últimos 15 anos de vida abriu as portas ao público a 30 de Novembro de 1993, o mesmo dia em que, 58 anos antes (em 1935), o escritor morrera.

Em março do ano passado, a Casa Fernando Pessoa encerrou para obras de remodelação e reabriu em agosto deste ano, “mais acessível”. Anuncia agora uma programação que se estende pelos três dias que antecedem a data de aniversário, segunda-feira, 30 de novembro, dia em que a Casa estará fechada, acrescenta a nota.

Sexta-feira, dia 27, será um dia de entrada livre, a partir das 11h00, antecipando a performance “À MARGEM, dE umA cErtA mAnEira – o canto do exílio”, uma iniciativa da Andante – Associação Artística, que terá início às 19h00 e um custo de oito euros.

Esta iniciativa dedicada ao poder da palavra, seja cantada, dita ou escrita, vai fazer-se ouvir no auditório da Casa Fernando Pessoa, através de poemas, versos, ditos ou cantados, lembrando o passado histórico e cultural português.

No dia seguinte, as portas abrem-se para uma Oficina para crianças (dos 8 aos 14 anos) e adultos, subordinada ao tema “Dr. Abílio Quaresma [personagem inventada por Pessoa] investiga...”, que convida os participantes a vestirem a pele de detetives e a investigarem um desaparecimento na Casa Fernando Pessoa, mas que já está esgotada.

No domingo, dia 29 de novembro, haverá uma “Visita Orientada: Do fim para o princípio” a uma nova exposição que junta peças sobre um dos escritores mais conhecidos da literatura portuguesa.

“Elementos da equipa de mediação da Casa abrem portas e criam pontes para entrar no fascinante universo pessoano, e descobrir todos os nomes que Pessoa usou para assinar os seus textos, as figuras imaginárias que criou, os livros que leu e como era a vida nas casas, ruas e cafés de Lisboa nos primeiros anos do século XX”, descreve o programa da iniciativa, que terá um custo de seis euros.

Esta visita orientada começa por uma “enigmática mensagem” escrita por Fernando Pessoa, a lápis, na véspera de morrer, frase esta que geralmente fecha a exposição.

Nos dias 28 e 29 haverá ainda um programa não presencial que se chama “Leituras ao Ouvido de fim de semana”, e que consiste em chamadas telefónicas, com textos curtos e poemas. As inscrições são feitas de manhã, por 'email', Facebook ou Instagram, e os telefonemas decorrem da parte da tarde.