De acordo com a programação para o período de setembro de 2020 a janeiro de 2021 do Trindade, hoje divulgada no site do teatro, vão ser retomadas as representações do musical "Chicago", de Fred Ebb e Bob Fosse, encenado por Diogo Infante, com música de John Kander, de 2 de setembro a 1 de novembro.

Entre 10 de setembro e 25 de outubro, será apresentado o espetáculo "Amado monstro", adaptação do romance homónimo do espanhol Javier Tomeo, com encenação de João Didelet e Marcantonio del Carlo, que também interpretam.

A peça retrata a vivência de um homem que, subjugado pela mãe, só aos quarenta e sete anos se candidata ao seu primeiro emprego – guarda noturno da garagem de um banco -, criando empatia com outro homem que sofreu igualmente às mãos de uma mãe possessiva.

No dia 29 de setembro, o Teatro da Trindade INATEL apresenta, integrado no Ciclo Mundos, o grupo Huun-Huur-Tu, pioneiro na divulgação do canto diafónico khöömei, que transporta sons inspirados pelas montanhas Altai do centro-sul da Sibéria, mas também pelas colaborações com Frank Zappa ou Ry Cooder.

O coletivo, formado em 1992, é exímio no canto gutural e nos instrumentos tradicionais como o igil, khomuz (harpa tuvana) e o dünggür (tambor xamânico).

A 6 de outubro, é dia de Luísa Sobral subir ao palco do Trindade para encerrar a digressão do seu mais recente álbum de originais, “Rosa”, que passou por salas e festivais nacionais e internacionais em Espanha, Itália, Polónia, Uruguai, Austrália e Japão.

Segue-se outro espetáculo musical, a 20 de outubro, interpretado pelo cantautor e poeta brasileiro Luca Argel, que, em formato simples e intimista, envolve o espectador numa trama de histórias cantadas, que atravessam registos que vão da ternura ao humor.

Através de uma voz suave e sempre acompanhado da sua guitarra, por vezes até de inusitados instrumentos domésticos, o repertório consiste maioritariamente em temas originais dos seus dois últimos discos, “Conversa de Fila (2019) e “Bandeira” (2017), mas aponta também já para projetos futuros.

Integrado no ciclo dedicado às músicas do mundo, o compositor e pianista francês Christophe Chassol regressa a Portugal para apresentar, no dia 27 de outubro, o seu mais recente trabalho.

Apesar de ter um currículo rico em colaborações, Chassol destaca-se sobretudo a solo pelo trabalho com uma técnica muito específica: o “ultrascore”.

Entre 12 de novembro e 20 de dezembro, estará em cena “Maria, a mãe”, de Elmano Sancho, um espetáculo teatral composto por três textos – “José, o pai”, “Maria, a mãe” e “Jesus, o filho” -, tendo como elemento cénico comum um oratório da Sagrada Família, e com Custódia Gallego, Elmano Sancho, João Gaspar e Lucília Raimundo no elenco.

Voltando aos espetáculos musicais, e a fechar o Ciclo Mundos desta temporada, o Teatro da Trindade apresenta, a 24 de novembro, os Maîtres Tambours du Burundi, grupo que recupera uma tradição local de um passado ancestral, apresentando uma performance de ritmos, clamores, danças e acrobacias.

"Ricardo III", de William Shakespeare, encenado por Marco Medeiros, chega ao palco do Trindade a 26 de novembro e mantém-se até 31 de janeiro de 2021, para apresentar a famosa história do dramaturgo quinhentista inglês sobre a maquiavélica ascensão ao poder, repleta de mentiras, manipulação e violência, daquele que é considerado o mais sangrento e terrível dos vilões.

A peça conta com o desempenho dos atores Diogo Infante, Alexandra Lencastre, Carolina Amaral, Diogo Martins, Guilherme Filipe, Lia Gama e Virgílio Castelo, entre outros.

A fechar a programação, o Trindade apresenta “Noite de estreia”, um projeto de Martim Pedroso, a partir do filme “Opening Night”, de John Cassavetes, em exibição de 21 de janeiro a 28 de março.

“Noite de Estreia” é um espetáculo sobre um filme que é sobre um espetáculo, e debruça-se sobre os lugares, os momentos e as emoções antes da estreia, sobre o lugar da mulher na sociedade conservadora e patriarcal, e sobre uma atriz em crise existencial e em luta com a personagem que interpreta e o mundo em que vive, contando com as interpretações de Dalila Carmo, João Reis, Lídia Franco, Luís Lucas, Marcello Urgeghe, Marta Félix e Margarida Bakker.

No dia 17 de junho, o Teatro da Trindade INATEL confirmou a reabertura ao público em setembro, por considerar estarem reunidas as condições de segurança para todos, na sequência das medidas de confinamento impostas pela COVID-19.

"Conhecido o plano de desconfinamento para os espaços culturais e estando reunidas condições para que o público, os artistas, técnicos e colaboradores se sintam confiantes e em segurança no regresso, confirma-se a reabertura do Teatro da Trindade INATEL em setembro", afirmou o teatro, em comunicado.

Inicialmente, quando foi aprovado o plano de desconfinamento (30 de abril), que previa a reabertura de cinemas, teatros, auditórios e salas de espetáculos no dia 1 de junho, o Teatro da Trindade fez logo saber que só reabriria ao público em setembro.

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