A iniciativa surgiu de um convite da Câmara de Vila Real, é produzida pela Inquieta e conta com a parceria do Conservatório Regional de Música.

A apresentação vai ser feita no dia em que se comemoram os 100 anos do final da Primeira Guerra Mundial e tem como objetivo homenagear o herói Carvalho Araújo, que morreu em combate.

O comandante José Botelho de Carvalho Araújo protagonizou um dos mais importantes combates da Marinha Portuguesa.

O combate deu-se quando o navio que comandava escoltava o paquete San Miguel e foi atacado por um submarino alemão, o U139, comandado por von Arnauld de la Perière, durante o percurso para Ponta Delgada.

O comandante Carvalho Araújo garantiu a fuga e sobrevivência de todos os tripulantes e passageiros do San Miguel, mas acabou por morrer em combate, com apenas 37 anos, a 14 de outubro de 1918, um mês antes do fim da Primeira Guerra Mundial.

O município de Vila Real assinalou em 2018 o centenário da morte deste herói local com vários eventos, como exposições, honras militares e concertos.

As iniciativas terminam no domingo com a estreia de uma nova música criada pelo projeto Banda à Varanda e inspirada nos sons que preenchem o imaginário coletivo e na infância do Comandante Carvalho Araújo, pelas ruas de Vila Real.

Esta viagem sonora ao fim da Primeira Guerra Mundial junta mais de 50 músicos de oito bandas filarmónicas da região, muitos dos quais são também alunos do Conservatório Regional de Música de Vila Real.

A performance foi pensada para os claustros do antigo Governo Civil de Vila Real e promete “por toda a gente a olhar para cima”.

Também no domingo vão decorrer, no cemitério de Valongo de Milhais e na vila de Murça, cerimónias militares comemorativas do Centenário do Armistício e descerramento de lápide ao Soldado Milhões.

Aníbal Augusto Milhais, natural de Murça, distrito de Vila Real, foi um soldado raso que combateu na Primeira Guerra Mundial e ganhou fama quando se bateu sozinho contra os alemães para ajudar à retirada das forças aliadas, durante a Batalha de La Lys.

Milhais acabou por ficar conhecido como o soldado Milhões, um epíteto que nasceu com o elogio do seu comandante, Ferreira do Amaral: "Tu és Milhais, mas vales milhões".

Aníbal Augusto Milhais morreu aos 75 anos em Valongo, a aldeia do concelho de Murça que adotou o nome de Milhais em sua homenagem.

O dia 11 de novembro de 1918 representa o fim simbólico da Primeira Guerra Mundial.

O Exército Português e a Câmara de Murça procedem, no domingo, ao descerramento de uma lápide, no cemitério de Valongo de Milhais, depois decorrerá uma missa, uma homenagem aos combatentes mortos, no jardim municipal, e, por fim, uma evocação histórica.

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