“Cochinchina” parte da obra “Princípio de Karenina”, de Afonso Cruz, que relata a carta de um homem à filha que não conheceu, narrando-lhe a sua vida desde a infância.

Com banda sonora original de Samuel Úria, “Cochinchina” é a terceira obra de uma “trilogia de cartas de amor e morte que Sandra Barata Belo iniciou com ‘Morreste-me’, de José Luís Peixoto, estreada em 2013, seguindo-se ‘Carta de uma Desconhecida’, de Stefan Zweig, estreada em 2015”, podia ler-se no comunicado sobre a peça, aquando da estreia, em Loulé, no mês passado.

A história começa no seio familiar, no qual o protagonista evidencia a forma como o seu pai revelava o pânico face ao mundo desconhecido.

A obra aborda a “dualidade” que marca a vida de um homem, “entre o que está dentro da sua porta e para além dela” ou o que o “inibe ou fascina” no estrangeiro, refere a sinopse.

“Até ao dia em que uma empregada da Cochinchina vem trabalhar para sua casa e quebra com todas as fronteiras criadas, primeiramente pelo pai e depois por ele. A partir daqui, há uma luta constante entre o amor e a desilusão, a coragem e a cobardia, entre ir ou ficar, e estranhamente está tudo certo”, acrescenta.

Com dramaturgia, adaptação e encenação Sandra Barata Belo, a interpretar estão Vítor D’Andrade, Margarida Vila-Nova e Patrícia André.

O espaço cénico é de Rui Francisco, o desenho de luz de Tasso Adamapoulos, os figurinos de Katty Xiomara e a música de Samuel Úria.

Na sonoplastia está Nanu Figueiredo, no movimento Cláudia Nova e na operação de som e luz Catarina Côdea.

Com produção executiva da Cassefaz e produção de Beladona, “Cochinchina”, que se estreou em Loulé no passado 15 de janeiro, vai estar em cena em Lisboa até 20 de fevereiro, com sessões de quarta-feira a sábado, às 20h00, e, ao domingo, às 16h00.