Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, a Companhia de Dança Contemporânea de Évora (CDCE) revelou ter assinado um memorando de colaboração com a Fundação Saramago, precisamente no âmbito do Programa de Comemorativo do Centenário do nascimento de José Saramago (1922–2022).

“A colaboração visa a pesquisa e exploração artística do universo literário do escritor Nobel da Literatura, em diferentes suportes artísticos, nomeadamente Dança Contemporânea”, indicou a CDCE.

Nas comemorações, a companhia eborense vai apresentar duas obras coreográficas inspiradas na obra de Saramago e “assinadas” por Nélia Pinheiro, uma, criada no ano passado, “Ensaio sobre a Cegueira”, e, a outra, com estreia este ano, “Ensaio sobre a Lucidez”.

“Ensaio sobre a Cegueira”, explicou a companhia na altura da estreia, resultou “do culminar de um percurso de experimentação coreográfica em torno do comportamento humano perante situações de crise, violência e isolamento”.

Em cena, através da interpretação de três bailarinos, que assumem diferentes personagens da obra de José Saramago, “a natureza humana é exposta de forma crua, sem emoção, para suscitar ativação do espectador”, frisou.

Nas comemorações, a obra pela sua identidade plástica, próxima da instalação artística, será apresentada em diferentes espaços, como teatros, bibliotecas ou festivais literários.

Quanto a “Ensaio sobre a Lucidez”, igualmente da coreógrafa da CDCE Nélia Pinheiro, a companhia limitou-se a revelar que a estreia está “agendada para o último trimestre” e se inspira, mais uma vez, na obra de Saramago.

“Ambas as criações, produzidas em colaboração com diferentes parceiros do território, resultam de um trabalho de investigação e experimentação coreográfica da autora, a partir dos personagens das obras ‘Ensaio sobre a Cegueira’ e ‘Ensaio sobre a Lucidez’, de José Saramago”, explicou a CDCE.

A primeira aproximação de Nélia Pinheiro à obra de José Saramago aconteceu em 1998, ano de atribuição do Prémio Nobel da Literatura ao escritor, com a peça coreográfica para dois interpretes intitulada “Objeto Quase”, lembrou a companhia.

A equipa artística que colabora e participa na criação das duas obras integradas no programa comemorativo do centenário é formada por Nélia Pinheiro, na criação e direção, José António Tenente, na criação dos figurinos, Nuno Meira, no desenho de luz, e Gonçalo Almeida Andrade e Fábio Simões, na Interpretação.

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