“Muito orgulhoso de ver o meu conto 'A noite repetida do comandante' incluído na Best European Fiction 2017", escreveu na sua conta da rede social.

A “Best European Fiction” ("Melhor ficção europeia", traduzido para português) é uma antologia de contos publicada pela editora americana Dalkey Archive Press desde 2010.

O conto de David Machado figura entre os 29 escritos por autores de toda a Europa, que foram selecionados para a edição deste ano.

A antologia é descrita como uma fonte essencial para leitores, críticos e editores interessados em literatura europeia contemporânea.

Nesta oitava edição, a antologia prossegue com o seu compromisso de descobrir a melhor prosa escrita em todo o continente, desde a Irlanda até à Europa de Leste, acrescenta.

Segundo a Dalkey Archive Press, o ensaio preliminar escrito por Eileen Battersby, do Irish Times, contribui para que a “Best European Fiction 2017” seja também um relatório essencial sobre o estado da literatura global no século XXI.

Alguns dos escritores selecionados nunca antes viram as suas obras traduzidas para inglês, embora escrevam há décadas na sua língua de origem.

David Machado nasceu em Lisboa em 1978 e é autor de obras como “O Fabuloso Teatro do Gigante” e o livro de contos “Histórias Possíveis”.

Em 2005, o seu conto infantil “A Noite dos Animais Inventados” recebeu o Prémio Branquinho da Fonseca, da Fundação Calouste Gulbenkian e do jornal Expresso, e desde então publicou mais três contos para crianças: “Os Quatro Comandantes da Cama Voadora”, “Um Homem Verde num Buraco muito Fundo” e “O Tubarão na Banheira”, este último distinguido com o Prémio Autor SPA/RTP 2010 de Melhor Livro Infanto-Juvenil.

O autor tem livros publicados em Itália e Marrocos e contos presentes em antologias e revistas literárias em Itália, Alemanha, Noruega, Reino Unido, Islândia e Marrocos.

Em 2015 venceu o Prémio da União Europeia para a Literatura, com o romance “Índice Médio de Felicidade”, que aborda os efeitos da crise em Portugal e na Europa.

O romance convenceu o júri por unanimidade e levou David Machado a tornar-se no terceiro escritor português a receber o prémio, depois de Dulce Maria Cardoso, em 2009, com “Os meus sentimentos”, e de Afonso Cruz, em 2012, com o livro “A Boneca de Kokoschka”.