Na conferência de apresentação do Cultura em Expansão, na Associação Recreativa Os Malmequeres de Noêda, em Campanhã, o presidente da autarquia, Rui Moreira, destacou o envolvimento dos vários pelouros do Executivo no programa que junta a dimensão artística à social em diversos pontos da cidade, desde o bairro da Bouça, onde o programa arranca com um concerto de Gisela João a 25 de abril, com cenografia de José Capela, até ao bairro da Pasteleira – Previdência/Torres, que recebe, a 26 de novembro, os Glockenwise com a Orquestra Juvenil da Bonjóia.

O programa é mais extenso quer a nível de eventos quer a nível da geografia, frisou Rui Moreira, que declarou que o orçamento é de 150 mil euros, com a parceria da Fundação Manuel António da Mota e o mecenato da Mota-Engil.

O adjunto do Pelouro da Cultura, Guilherme Blanc, explicou que “há diferentes tipos de riscos” na iniciativa, a começar pela eventual “não adesão” do público à possibilidade de as ideias experimentadas não funcionarem em termos práticos.

“O Oupa! poderia ter sido um desastre”, disse Blanc, referindo-se ao projeto criado em 2015 no bairro do Cerco com Capicua, André Tentúgal e Vasco Mendes, “que visa a capacitação e empoderamento de jovens em bairros sociais” e que este ano se muda para Ramalde, mantendo a colaboração dos jovens participantes do Cerco, para ser apresentado no Rivoli – Teatro Municipal no dia 18 de dezembro.

Quanto à questão da adesão, o presidente da União das Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, Nuno Ortigão, lembrou que os quatro eventos realizados na Pasteleira foram um sucesso e saudou a Câmara Municipal por voltar a “colocar a Cantareira no mapa da cidade”, onde a Circolando vai realizar o ciclo “Espírito do Lugar 2.0”.

Até ao final do ano, os eventos são múltiplos dentro da música, do cinema e das artes performativas, como um concerto de Pedro Burmester com cenografia de Mónica Baptista na Pasteleira – Previdência/Torres a 18 de junho, ou da Banda Marcial da Foz do Douro com Jonathan Saldanha a 16 e 17 de setembro, também na Cantareira.

"Se por um lado são claras as metas que pretendemos atingir através desta expansão cultural, e se são bem definidos os caminhos que com ela queremos percorrer, os desafios que enfrentamos com o projeto, de um ponto de vista artístico e também social, são cada vez mais densos e díspares. Mas é precisamente este o teste que nos interessa. É precisamente este risco que queremos experimentar através de um programa que se precipita, anualmente, por toda a cidade", lê-se na mensagem de Rui Moreira no programa.