O álbum intitula-se “Canções da Minha Vida” e o 'single' de apresentação, "A Banhada", cuja interpretação Dany Silva partilha com Jorge Palma, começa hoje a ser ouvido nas rádios.
O álbum “Canções da Minha Vida” é apresentado pelo músico e compositor, como uma coletânea dos êxitos da sua carreira, como “Poema da Farra”, aos quais acrescentou, como afirmou à agência Lusa, “uma série de canções”, que não compôs nem gravou, “mas que gostaria de o ter feito”.
Todas as canções do álbum foram regravadas com novos arranjos ou, em alguns casos, com “roupagem musical completamente nova, e em dueto com alguns nos maiores nomes da música portuguesa”, disse Dany Silva.
Músico, cantor e compositor, nascido há 71 anos na Cidade da Praia, na ilha de Santiago, em Cabo Verde, Dany Silva vive em Portugal desde a década de 1960, e é referenciado pela sua promotora como “um dos pioneiros da música lusófona”.
“As suas músicas fazem parte do nosso imaginário coletivo, e a sua influência alarga-se à nova geração de músicos”, segundo a mesma fonte.
Dany Silva partilha com Paulo de Carvalho a interpretação de “Poema da Farra”, com o seu compatriota Tito Paris, “Nha Mudjer”, com Rui Veloso, “Lua'nha Testemunha” e, com Carlos do Carmo, “São Crianças”.
Do grupo de parceiros constam também Luís Represas, em “O Namoro”, Mikas Cabral, dos Tabanka Jazz, em “Badjo na Fazenda”, Nancy Vieira, em “Tempo de Canequinha”, e Manecas Costa, em “‘Nha cânsera câ tem midida”,
Dany Silva, para este CD, gravou o êxito “Branco, Tinto e Jeropiga”, com Manif3stos, “Fidjo Magoado”, com Kátia Guerreiro, a nova versão de “Ó Bernard”, com Pépe Ordáz - na qual Rui Veloso toca guitarra -, “Sol di Manhã”, com Olavo Bilac, e ainda "Tudo kusa é badiu", com Mirri Lobo, e "Mamã Àfrica", com Phillip Hamilton, num total de dezasseis temas.
“Canções da Minha Vida”, que sai com etiqueta Trem Azul, foi gravado nos estúdios de Vale de Lobos, de Rui Veloso, por Rui Guerreiro, com o apoio de Filipe Feio, e contou com a produção de Barry Marshall e do próprio Dany Silva.
Barry Marshall é produtor, compositor e intérprete, residente em Boston, nos Estados Unidos, e assinou a produção musical de trabalhos de nomes como Ben E.King, LaVern Baker, Linda Hopkins e Peter Wolf, entre outros. Barry Marshall colaborou pela primeira vez com Dany Silva em 2008, no disco “Caminho Longi”.
Dany Silva veio para Portugal para estudar na Escola de Regentes Agrícolas, em Santarém, mas cedo optou pela música e foi um dos fundadores do grupo Os Charruas. Também fez parte do Quinteto Académico+2, tocando ao lado de músicos como Mike Carr, Earl Jordan e Mike Sergeant.
Em 1978, Dany Silva gravou o primeiro single, “Feel Good”, para a etiqueta discográfica de Bana, Monte Cara. Em 1981, pela discográfica Valentim de Carvalho, editou o primeiro trabalho em português, o single “Branco Velho, Tinto e Jeropiga”, ao qual se seguiu “Já Estou Farto” e o ‘maxsingle’ “Crioula de S. Bento”.
O seu primeiro álbum saiu em 1986, “Lua Vagabunda”, produzido por Veloso e Moz Carrapa, tendo contado com a participação de músicos como Paulino Vieira, Náná Sousa Dias, Edgar Caramelo, Tomás Pimentel e do próprio Veloso. Deste álbum fazem parte canções como “Banhada” e “Lua ‘Nha Testemunha”.
Em 1991 publicou o segundo álbum, “Sodadi Funaná”, que inclui temas como “Ó Bernard”, “Caminho de S. Tomé” e “Mamã África”.
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