"Cajarana", título que remete para uma alcunha da adolescência, é feito de canções compostas durante um breve tempo de dois meses, e que foram desencadeadas pelo trabalho que André Henriques já vinha fazendo, de escrita para outras pessoas, como contou à agência Lusa.

Alguma dessas canções de encomendas ficaram órfãs e André Henriques apropriou-se delas. "Apeteceu-me cantá-las eu", disse, ainda que nunca tenha pensado em editar um álbum a solo.

Em "Cajarana", André Henriques encarna personagens femininas, canta "coisas pessoais com pozinhos de ficção", fala de paternidade, de amor, de trabalho.

"Sempre fui muito observador. Às vezes é mais fácil observar os outros do que a nós próprios. A música é terapêutica para quem ouve, mas também será para quem faz. Há muitas deste disco que são coisas minhas, pessoais", disse.

André Henriques, quase a celebrar 40 anos, recordou que tomou recentemente a decisão de se dedicar em exclusivo à música, depois de ter passado grande parte da vida adulta, de fato e gravata, dividido entre os Linda Martini e a consultoria numa empresa.

"Não me dava particular gozo a nível pessoal, mas tinha o conforto financeiro, tinha as contas pagas. Ao fim de tantos anos nessa rodinha, houve uma altura que coincidiu com o nascimento do meu primeiro filho e em que disse que não queria mais. Queria ser uma versão mais feliz de mim", disse.

Musicalmente, "Cajarana", produzido pelo músico brasileiro Ricardo Dias Gomes, representa a ideia de simplicidade e imediatez, mais focado na lírica do que na música.

"Foi tentar não ceder à tentação de reescrever, de limar e polir as coisas. Queria que fosse uma coisa muito imediata. Daí ter sido feita em tempo recorde", disse.

Em "Cajarana", André Henriques conta com a participação dos músicos Ricardo Dias Gomes, Pedro Ferreira e Ivo Costa.

Apesar das medidas restritivas por causa da doença COVID-19, as datas de apresentação de "Cajarana" mantêm-se, entre as quais a 29 de março, no Teatro Cinema de Fafe, a 18 de abril, na Casa da Cultura de Setúbal, a 22 de abril, no Capitólio, em Lisboa, e, a 22 de maio, no Theatro Circo de Braga.

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