Os dois primeiros concertos estão agendados para a Arena de Verona, no nordeste de Itália, nos dias 30 e 31 de agosto. Antes a criadora de “Lusitana Paixão” apresenta “Peregrinação”, no dia 26, em Viana do Castelo.

O duplo álbum “Peregrinação” foi editado a 28 de fevereiro último, e marcou o regresso de Dulce Pontes aos estúdios de gravação.

Os nove concertos agendados até dezembro inserem-se na digressão mundial de Morricone, de 89 anos, celebrativa dos 60 anos de carreira do maestro e compositor italiano, e na qual a cantora portuguesa já se apresentou no passado mês de fevereiro, na O2 Arena de Praga, com a Orquestra Sinfónica Nacional Checa.

Em “Focus” (2003), Dulce Pontes gravou várias canções de Morricone, a par de originais compostos para a sua voz.

Em setembro, no âmbito desta digressão, Dulce Pontes atua no dia 19 no Ahoy, em Roterdão, nos Países Baixos, seguindo para a República da Irlanda, onde canta no dia 23 de setembro, na 3Arena, em Dublin.

Em outubro, Dulce Pontes tem agendados três concertos: no dia 14, na Atlas Arena, em Lodz, no centro da Polónia, no dia 16, regressa à O2 Arena, em Praga, e, no dia 18, sobe ao palco do Pap László Budapest Sportaréna, em Budapeste.

No dia 01 de dezembro, atua na Unipol Arena, em Bolonha, em Itália, de onde segue para norte, e no dia seguinte canta no Mediolanum Forum, em Milão, onde foi convidada para apresentar “Peregrinação” num convento carmelita.

Em 2003 quando gravou em Itália “Focus”, em declarações à agência Lusa, Dulce Pontes qualificou o álbum como “um caleidoscópio”, na medida em que “mostra várias formas de cantar”.

Para a cantora “não havia melhor trabalho nesta altura para fazer”, pelo facto de lhe permitir “estar empenhada na interpretação”.

Por outro lado, enfatizou, “não é todos os dias que o maestro Ennio Morricone nos dá de bandeja temas para cantar”, tanto mais que o celebrado compositor italiano se inspirou na voz de Dulce para compor alguns deles.

Neste disco, Dulce Pontes interpreta temas que o cinema já divulgou, caso de “A Rose Among”, de “A Missão”, outros a que adaptou letras inéditas, caso de “Come Maddalena”, com a letra “No ano que vem”, de José Mário Branco, e originais, como “Amália por amor”.

Dulce Pontes assina quatro temas, entre eles “Renascer”, que considera “uma das melhores coisas” que escreveu, “com uma consciência muito profunda da fase que estamos a passar, tanto em Portugal como no mundo”.

A cantora, compositora e letrista Dulce Pontes, de 48 anos, conta mais de 25 de carreira e recebeu já os prémios Luigi Tenco e Fondazione Maria Carta, em Itália, Amigo, para a melhor solista feminina, e Microfone de Ouro, em Espanha, entre outras distinções.

Sobre o álbum “Focus”, Dulce Pontes afirmou tratar-se de um disco feito de “cumplicidades com uma vontade uma concentração em fazer arte”.

“Somos pessoas com um dom e temos essa missão de transmitir a arte às pessoas e de as fazer sonhar e sentir emoções”, rematou.