Numa mensagem publicada no blogue da plataforma de streaming, conhecida por dar aos músicos uma possibilidade de receita muito superior às de outras plataformas do setor, o cofundador e presidente executivo, Ethan Diamond, afirmou que a Bandcamp “vai continuar a operar como um mercado autónomo e uma comunidade de música” que, desde a fundação há 14 anos, já canalizou quase mil milhões de dólares para artistas.

“Os produtos e serviços nos quais tu confias não vão a lado nenhum, vamos continuar a construir a Bandcamp em torno do nosso modelo ‘artistas-primeiro’ (no qual os artistas recebem cerca de 82% de cada venda), vais continuar a ter o mesmo controlo sobre como ofereces a tua música, as Sextas-Feiras de Bandcamp vão continuar e o [blogue] Daily vai continuar a destacar música diversa e espetacular”, escreveu Diamond, que garantiu que vai continuar a liderar a equipa.

No entanto, “nos bastidores”, vão passar a trabalhar com a Epic para “expandir internacionalmente e impulsionar o desenvolvimento da plataforma, desde as bases como as páginas de álbuns, ‘apps’ móveis, ferramentas de ‘merch’, sistemas de pagamento e formas de explorar e descobrir, até novas iniciativas como a edição de vinis e serviços de streaming’ ao vivo”.

Do lado da Epic, a empresa realçou que partilha com a Bandcamp “a missão de construir uma plataforma mais amigável para os artistas que permita aos criadores manter a maior parte do seu dinheiro arduamente arrecadado”.

A Epic Games é a empresa responsável por títulos como “Fortnite” e, segundo informações divulgadas em tribunal no contexto de um caso contra a Apple em 2021, emprega mais de 3.000 pessoas e gerou acima de cinco mil milhões de dólares de receita em 2020.