Concebida para ambiente expositivo, "Andrómeda" (díptico, mixed media), com curadoria Antonia Gaeta, "convoca o pensamento crítico e a expressão artística que nos anos de 1960/70 se confronta com o projeto da televisão pública, inscrevendo-se no seu palimpsesto ou no território experimental da videoarte". Neste contexto, "diante de uma nova linguagem", o cinema teve de "questionar a fundo a construção do seu olhar sobre o mundo".

"'Curto-circuitando' memória subjetiva e memória coletiva, bem como a condição do proto e do pós-espectador, a instalação documenta e revitaliza a complexidade das ideias e das artes nesse momento significativo da história da imagem, numa primeira fase iluminada e utópica do projecto televisivo italiano", um dos primeiros a abrir o setor, firmado no pós-Guerra, aos canais privados.

A exposição integra códigos QR para a audição de textos, convidando-se, por isso, o público a levar telemóvel e auscultadores, para leitura do dispositivo.

"Andrómeda" é uma coprodução do Festival Temps d’Images, com as Carpintarias de São Lázaro, LAFstudio, Dupla Cena e Horta Seca, e apoio da Direção-Geral das Artes, da Fundação Calouste Gulbenkian, da Embaixada de Itália e do Instituto Italiano de Cultura de Lisboa. Ficam no n.º 72 da rua de São Lázaro, em Lisboa.