André, Diogo e Raul são os protagonistas de “Há dois anos que eu não como pargo”, o segundo texto para teatro do jornalista Miguel Branco, e também o segundo a pôr em palco para a companhia com sede no Montijo, distrito de Setúbal.

A estrear no Cine-Teatro Joaquim de Almeida, a peça gira em torno de três amigos, todos residentes na margem sul e a trabalhar em Lisboa, que todos os dias se juntam no início ou no final do dia para falarem sobre as suas vidas, disse à agência Lusa Levi Martins, um dos diretores da companhia.

André é um condutor de tuk-tuk, Diogo trabalha numa hamburgueria gourmet e Raul é um desempregado e vai fazendo uns biscates, como limpar aquários no Oceanário, indicou Levi Martins.

São jovens que trabalham há pouco tempo, em Lisboa, e que todos os dias se juntam para desabafar, acrescentou.

André escreve rimas para rap que vai mostrando aos seus amigos sem, contudo, levar este passatempo a sério.

Os amigos vão-no incentivando a continuar a escrever e a tornar aquele passatempo numa “coisa mais séria”.

Depois de, em 2019, terem estreado o primeiro texto para teatro de Miguel Branco – jornalista no jornal Observador e na revista Time Out –, a Companhia Mascarenhas-Martins volta agora a pôr em cena um novo texto do jornalista que, segundo Levi Martins, tem acompanhado toda a produção.

“Não é apenas um texto escrito pelo Miguel, pois ele tem-nos acompanhado ao longo de todo o processo, o que não é habitual nos dias que correm”, sublinhou.

A interpretar “Há dois anos que eu não como pargo”, que tem encenação de Levi Martins, estão, além dele, André Alves, João Jacinto, Inês Dias e Pedro Nunes e Miguel Branco.

Em 17 de abril, a peça será representada no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal; de 7 a 9 de maio estará no Teatro Municipal Amélia Rey Colaço, em Algés, e, de 11 a 13 de junho, no Teatro da Politécnica, em Lisboa.

No Cine-Teatro Joaquim de Almeida a peça está em cena até 15 de março e pode ser vista de quinta-feira a sábado, às 21:00, e, aos domingos, às 16:00.

O espaço cénico, a luz e os figurinos são de Levi Martins e de Miguel Branco com Adelino Lourenço, e a música de André Reis e Levi Martins, com assistência de produção de João Jacinto e Maria Mascarenhas.

A peça conta com o apoio das câmaras municipais do Montijo e de Setúbal e da União de Freguesias do Montijo e Afonsoeiro.