“A programação é praticamente para todos os públicos, pautamos sempre pela qualidade e também pela diversidade”, disse à agência Lusa a encenadora e diretora artística do Teatro do Mar, Julieta Aurora Santos.

A edição deste ano da M.A.R., que é coorganizada pela companhia Teatro do Mar e Câmara de Sines, “inclui disciplinas tão diversas como a dança contemporânea, o circo, o teatro, projetos interativos e [até] um espaço para crianças e famílias”, frisou a responsável.

Em comunicado, a organização disse que a mostra abre, na quinta-feira, com "P-Acto Idiota", da premiada companhia Hermanas Picohueso, e encerra, no sábado, com o multipremiado espetáculo “Smashed”, da companhia de circo-dança Gandini Juggling (Reino Unido), inspirado na obra de Pina Bausch.

Mas, ao longo dos três dias do certame, mais de 100 artistas portugueses e estrangeiros, de “algumas das mais conceituadas companhias de teatro e circo contemporâneo internacionais”, apresentam “23 projetos artísticos” espalhados por uma dezena de espaços públicos da cidade, resumiu.

“Tentamos privilegiar a programação nacional no sentido de promover o que se faz em Portugal nas artes de rua, mas, além disso, vamos ter programação vinda de Espanha, Bélgica, Suíça e Inglaterra”, referiu a encenadora, destacando a “forte presença” de projetos espanhóis.

No primeiro dia, o destaque vai para os espetáculos das companhias espanholas Bucraá Circus, que apresenta “El Gran Final”, na estação de comboios, e, Hermanas Picohueso, que tem a seu cargo o espetáculo de abertura intitulado “P-acto Idiota”, junto ao Castelo.

Na sexta-feira e no sábado, o programa propõe uma ‘viagem’ pelo Bairro Marítimo, onde o ex-diretor artístico do maior festival de artes de rua de Espanha, Jordi Duran Roldós, conduz o exercício multidisciplinar “Cartas das Índias”, que está “inspirado nas pessoas, histórias e geografia de um dos bairros mais icónicos da cidade de Sines”.

A programação do segundo dia inclui ainda o teatro deambulatório da companhia basca Markeliñe, na Avenida Vasco da Gama, os espetáculos “Toca”, da associação cultural UmColetivo, no Castelo, “A Voz Humana”, pelo Teatro Elétrico, no Centro de Artes de Sines, e “KOBR3” pelos bascos Zirkozaurre, na antiga estação de comboios.

A noite termina com o teatro físico e formas animadas “Palaphita”, da companhia PIA, inspirado nas comunidades piscatórias, no Castelo, e “Rasto”, da companhia Erva Daninha, que leva o circo contemporâneo ao Largo 5 de Outubro.

No último dia, os destaques vão para a música da cantora Surma, na praia Vasco da Gama, as “Estátuas Vivas” que vão encher as ruas do centro histórico, os espetáculos da companhia Delrevés que “lança um olhar sobre a dança clássica de uma perspetiva vertical”, na muralha do Castelo, e do Circo Pitanga, com “Nuptial Ropes”, no Largo Poeta Bocage.

Desde o primeiro dia e até ao final da mostra, o projeto de arte urbana “A Tua Rua”, do coletivo Devaneio, “ocupará espaços não convencionais com intervenções artísticas mistas” que incluem pintura, fotografia e colagem.

‘Workshops’, animação de rua, instalações, atividades para escolas, atuações de djs são outras das iniciativas previstas ao longo dos três dias.