Princess Chelsea deixaram uns tais de Alt-J, com quem andavam em tour europeia, para vir ao Porto fazer a sua estreia nacional. Foi também a primeira vez em terras lusas de Pikachunes e o primeiro concerto na invicta da banda Lisboeta Lur Lur.   

Os Lur Lur foram recebendo o público que foi chegando de mansinho, até compor a sala. Culpa da crise ou dos outros mil eventos acontecer na cidade. A verdade é que a sala estava só meio-cheia (como na questão do copo, prefiro ver nesta perspectiva). O evento merecia mais gente, mas quem esteve representou-se muito bem.

 Pikachunes, baterista e baixista de Princess Chelsea, veio elevar o ambiente para um outro nível. Trouxe-nos indie-pop e disco numa actuação energética, fresquinha e jovem, como a noite pedia. Just a boy e Nervous foram os temas mais contagiantes. Ficamos convencidos!

Por fim, o concerto mais aguardado da noite. Já passavam das 2h da manhã quando a banda subiu ao palco, e num tom descontraído disse: “Eu sou a Princess Chelsea, e estes,  são os meus melhores amigos!” . 

E assim começou o concerto. Vimos um grupo de amigos tocar, num ambiente intimista, como o Palco do Plano B já nos habituou.

Os neo-zelandeses tocaram músicas do álbum Lil Golden Book de 2011 e ainda nos presentearam com novos temas que vão integrar o The Great Cybernetic Depression a sair ainda este ano.

No tema Frack, música sobre o final do mundo, disse: “I hope that you enjoy”. Ficamos na dúvida: O fim do mundo? A música? Na via das dúvidas, aproveitemos os dois!

E o concerto continuou neste tom. Postive guy meets negative men ou Monkey Eats Bananas, do primeiro álbum, provam a ironia poética das letras.

Ouvimos Your Woman , We're So Lost e Ice Reign que a princesa abrilhantou com o xilofone e o ferrinho que trazia ao peito. 

Seguiu-se Cigerrete Duet, o tema mais conhecido da banda, onde Chelsea e o guitarrista Jonathan Bree proporcionáram o momento da noite, com o público a responder.

Tarantino, se me estás a ouvir, convida estes meninos para fazerem banda sonora do teu próximo filme.

E o concerto terminou pouco depois. Ficou prometido um encore mas com o baterista lesionado tiveram que abdicar do momento. A audiência ainda pediu, mas decidiram não arriscar. Vieram continuar a festa para o nosso lado.

Já na minha ida para casa, encontrei a Princesa numa das ruas da invicta, ficamos à conversa por um bocadinho. Fica registado que adorou o público e que conta voltar no próximo ano. Seguem agora em tour pela Europa de Leste.

E assim foi a estadia da Princess Chelsea na “Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta” cidade do Porto