Intitulada “Na Senda dos Leques Orientais”, a exposição enquadra a história do uso do leque, com peças da coleção do Museu do Oriente e de mais 23 proveniências, desde museus nacionais a coleções privadas, segundo a organização.

No conjunto foram incluídos objetos de pintura, escultura, fotografia, porcelana e documentos gráficos que ilustram o uso do leque e a sua carga simbólica enquanto instrumento cerimonial e de comunicação social da época.

Desde a sua introdução no Ocidente, o leque tornou-se num objeto de fascínio, muito além da utilidade mais básica de refrescar do calor, através do qual eram transmitidas mensagens sociais e culturais relacionadas com o luxo, exotismo, estatuto e poder.

A exposição reúne informação sobre a origem e funções do leque em diferentes civilizações, a diversidade de formas, materiais e técnicas de fabrico, as dinâmicas de circulação e a relevância económica do leque no comércio de exportação da China, liderado por Macau e Cantão nos séculos XVIII e XIX.

Neste período, o leque atingiu o apogeu no Ocidente, onde passou a integrar a indumentária feminina nos bailes, salões e convívios sociais, sendo usado como forma de expressão discreta em jogos de sedução.

O percurso expositivo inclui núcleos dedicados aos leques chineses “mandarim”, plissados, 'brisé', comemorativos e japoneses, com materiais desde a madrepérola, marfim ou tartaruga, seda e papel, pintados com cenas coloridas e detalhadas com paisagens, jardins, cenas de corte ou temas históricos.

A exposição inédita, comissariada pelo investigador Paulo de Assunção, é inaugurada hoje, às 18h30, e ficará patente no Museu do Oriente até 10 de setembro de 2023, de terça-feira a domingo.