
O certame interdisciplinar vai decorrer até 13 de dezembro, organizado pela Associação Cultural Vo'Arte, em vários espaços da capital, nomeadamente o Museu da Marioneta, o Teatro do Bairro, a Cinemateca Portuguesa, o Espaço Santa Catarina, o Centro Cultural das Mercês, a FNAC Chiado e a Note Galeria, entre outros locais.
Adaptado às novas regras de funcionamento dos espaços culturais, o festival começa no Museu da Marioneta, na sexta-feira, onde, até domingo, tem o LittleShadow, uma secção destinada às crianças, jovens e famílias, que este ano conta com apresentações da CiM – Companhia de Dança e com a exibição de filmes de animação.
De 24 a 27 de novembro, às 15h00 e 21h00, decorrem no Teatro do Bairro as competições internacionais de documentário e ‘videodança’, com a exibição de mais de 50 filmes, segundo a programação do certame, com direção artística da coreógrafa Ana Rita Barata e do realizador Pedro Sena Nunes.
Ainda no Teatro do Bairro, a 28 de novembro, será exibido, em sessão especial, "In_Between", do italiano Alessandro Amaducci, celebrando os 30 anos de videoarte e ‘videodança’ do artista, seguindo-se a cerimónia de entrega de prémios da competição nacional e internacional.
De 23 de novembro a 13 de dezembro, o corpo e a imagem vão ser o foco do festival, em diversos suportes de representação, através de exposições, instalações e performance, com a participação da dupla de artistas José Carlos Neves e João Trindade, da encenadora Joana Craveiro, do Teatro do Vestido, e da coreógrafa brasileira Ana Vitória, entre outros.
No início de dezembro, na Cinemateca Portuguesa, será homenageado o coreógrafo e programador Jorge Salavisa, que morreu em 28 de setembro deste ano, figura marcante da dança em Portugal, e que "teve uma relação pessoal com o InShadow", segundo um comunicado da organização.
A dança estará em foco através do cinema, com a exibição do documentário "Keep Going", de Marco Martins, seguida de uma conversa com convidados que "partilharão as suas experiências com a arte de programar do Jorge Salavisa".
O documentário recorda o trajeto de mais de 50 anos de Jorge Salavisa na dança, enquanto bailarino e professor, e vai mais além, destacando a sua visão plural das artes, enquanto diretor artístico, e com o seu trabalho de dar visibilidade a velhos e novos criadores.
"Queremos manter a dança e o cinema em diálogo através destes cruzamentos, em Lisboa, no único festival que promove o ‘videodança’. Apesar da pandemia nos abrandar de forma imposta, a resiliência projeta-se na sombra que nos ilumina o futuro. Esta edição procura lançar-nos para os próximos 10 anos", salienta a organização, em comunicado.
Fundada há 22 anos, a Vo’Arte tem vindo a dedicar-se à produção, promoção e valorização da criação contemporânea, através do cruzamento de linguagens artísticas, desenvolvidos em projetos nacionais e internacionais.
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