Segundo Antonino Sousa, em março ou abril, as cidades angolanas de Luanda, Huambo e Benguela receberão o Escritaria, replicando a homenagem que o festival português organizou ao escritor Pepetela, em 2018.

Em declarações aos jornalistas na sexta-feira, após a inauguração de uma silhueta de Ana Luísa Amaral, com a presença da filha da autora, num jardim da cidade, o autarca de Penafiel explicou que a iniciativa em Angola vai decorrer em janeiro, no âmbito de uma parceria com o Instituto Piaget e com o governo angolano.

Antonino Sousa assinalou, por outro lado, que o festival também visitará Cabo Verde, em março ou abril de 2023, com um plano de atividades que recriará a homenagem ao cabo-verdiano Germano Almeida, realizada em 2021.

O presidente da câmara recordou que a ideia de internacionalizar o Escritaria para a África Lusófona decorreu da visita que o ministro da Cultura de Cabo Verde fez à edição de 2021.

“Os contactos têm acontecido e o programa está a ser delineado”, observou, destacando que têm sido dados passos que podem transformar o Escritaria “num festival de dimensão grande no mundo da lusofonia”.

O edil acrescentou: “A ideia que queremos concretizar é levar a cada um desses destinos aquilo que acontece aqui durante esta semana. Nestas primeiras ações, vamos dar um especial enfoque àqueles autores dos respetivos países que já passaram pelo Escritaria”.

Também na sexta-feira, o autarca de Penafiel disse ter recebido naquela cidade do distrito do Porto o presidente da Câmara de Bissau, com o qual, indicou, foi abordada a possibilidade de numa das próximas edições do Escritaria ser homenageado um escritor guineense.

Desde a sua primeira edição, o Festival Literário Escritaria homenageou Urbano Tavares Rodrigues, José Saramago, Agustina Bessa-Luís, Mia Couto, António Lobo Antunes, Mário de Carvalho, Lídia Jorge, Mário Cláudio, Alice Vieira, Miguel Sousa Tavares, Pepetela, Manuel Alegre, Mário Zambujal e Germano Almeida.