“Os seus novos livros — à exceção de alguns para que já existam compromissos de publicação — sairão, na ‘casa’ Relógio D’Água, que procederá igualmente à reedição das suas obras, à medida que forem ficando disponíveis”, lê-se no comunicado hoje divulgado.

A editora, dirigida por Francisco Vale, já tinha publicado, em novembro de 2015, uma nova edição de “Breves Notas Sobre Música", de Gonçalo M. Tavares, e conta publicar, em outubro próximo, “Breves Notas sobre Literatura - Bloom”.

Entre as reedições previstas para este ano, a editora citou “O Senhor Walser e a Floresta”, “O Senhor Brecht e o Sucesso”, “Livro da Dança”, “Animalescos”, “Atlas do Corpo e da Imaginação” e, para o público infanto-juvenil, “Os Dois Lados” e “Os Amigos”.

“A Relógio D’Água chegou a acordo com Gonçalo M. Tavares para, nos próximos anos, concentrar a publicação das suas obras na editora”, lê-se no mesmo comunicado, referindo que será mantida a organização por séries, já existente - “O Bairro”, a “Enciclopédia”, entre outras –, “procedendo-se por vezes à alteração do grafismo e ao agrupamento de livros saídos nas mesmas coleções”.

A editora propõe-se “facilitar e alargar o contacto de Gonçalo M. Tavares com os seus leitores”, referindo que o distinguido com Prémio Literário Vergílio Ferreira 2018, vencedor do Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, em 2011, “é autor de uma vasta obra traduzida em cerca de cinquenta países, sendo por isso um dos escritores mais traduzidos na história da literatura portuguesa”.

Sobre a narrativa de Tavares, Prémio José Saramago, em 2005, a Relógio d’Água afirma que “a sua linguagem em rutura com as tradições líricas portuguesas e a subversão dos géneros literários fazem dele um dos mais inovadores escritores europeus da atualidade”.

Desde 2001, Gonçalo M. Tavares, de 47 anos, nascido em Luanda, publicou livros de diferentes géneros literários, tendo recebido vários prémios em Portugal e no estrangeiro. “Com aprender a rezar na era da técnica”, recebeu o Prémio para o Melhor Livro Estrangeiro de 2010, em França. “Uma Viagem à Índia” valeu-lhe o Grande Prémio de Romance e Novela Associação Portuguesa de Escritores, em 2011.

O autor de “Uma menina está perdida no seu século à procura do pai” (2016) também já recebeu o Prémio Portugal Telecom de Literatura em 2007 e em 2011, Prémio Internacional de Trieste, em 2008, Prémio Belgrado, em 2009, o Grand Prix Littéraire du Web – Culture, de França, em 2010, Prémio Literário Europeu, em 2011.

A obra de Gonçalo M. Tavares tem inspirado outras artes, tendo dado origem,, tanto em Portugal, como no estrangeiro, a peças de teatro, dança, peças radiofónicas, curtas-metragens e objetos de artes plásticas, vídeos de arte, 'performances', além de ter sido debatida em várias teses académicas.