Naquela que será a sua 11.ª edição, o festival, que em 2021 não aconteceu por causa das restrições para controlar a pandemia daCOVID-19, vai decorrer de 3 a 12 de fevereiro, com a dupla Sofia Dias & Vítor Roriz como coreógrafos em destaque, e com os espetáculos divididos entre o Centro Cultural Vila Flor (CCVF), a Fábrica ASA e o Centro Internacional das Artes José Guimarães.

Apresentado na quinta-feira, o Guidance 2021 traz ainda a Guimarães, no distrito de Braga, nomes como Moritz Ostruschnjak, Maria Fonseca, Peeping Tom, Vera Mantero, Catarina Miranda, Anastasia Valsamaki e Wim Vandekeybus, tendo duas palavras no espírito: “Retenção e Mundança”, apontou o diretor artístico do GUIdance, Rui Torrinha.

“É uma edição simbólica, que retoma a configuração original do festival. Interrompemos no ano passado, forçosamente, e este ano vamos retomar, porque entendemos que há uma passagem entre um espírito que fica para uma coisa que há de ser lançada”, explicou.

Em 2022, apontou Rui Torrinha, o GUIdance vai “falar sobre aquilo que é retenção a que os corpos foram forçados, a retenção das civilizações, tudo aquilo que foi a pressão dos corpos estes dois anos”.

E vai falar de 'mundança': “Palavra inventada que faz a fusão entre a palavra mundo e dança, porque uma das utopias que o GUIdance adotou foi a ideia de mudar o mundo pela dança”.

Assim, a abrir o festival, no dia 3 de fevereiro (às 21h30), vai estar o espetáculo de Sofia Dias e Vítor Roriz “Esacal”, no CCVF, seguindo-se, no dia 4 (às 21h30) “Tanzanweisungen (It won't be like this forever)”, de Moritz Ostruschnjak, na Fábrica ASA.

A 5, às 18h30, sobe ao palco do Centro Internacional das Artes José de Guimarães “SAHASRARA”, de Maria Fonseca, e às 21h30, no CCVF, estará “Kind de Peeping Tom”.

“Sons Misteriosos”, de Sofia Dias e Vítor Roriz, abre a programação no dia 6, às 16h00, com sessões adicionais no dia 7, às 10h30 e às 15h00 e, no dia 9, dos mesmos autores, será apresentado o espetáculo “Um gesto que não passa de uma ameaça de Sofia Dias e Vítor Roriz”, no CCVF, às 21h30.

Vera Mantero apresenta “O Susto”, a 10 de fevereiro, no CCFV, e Catarina Miranda mostra “Cabraqimera”, às 21h30, na Fábrica ASA.

No último dia do festival, sobe ao palco, às 18h30, “Body Monologue”, de Anastasia Valsamaki, no Centro Internacional das Artes José de Guimarães.

O “derradeiro espetáculo” do GUIdance 2022 começa às 21h30, com “Hands do not touch your precious Me”, de Wim Vandekeybus, no CCVF.

Além dos espetáculos, o GUIdance tem na programação atividades paralelas, como 'Talks' com Sofia Dias & Vítor Roriz, Moritz Ostruschnjak e Anastasia Valsamaki, 'masterclasses' orientadas pelas companhias internacionais Peeping Tom e Ultima Vez (de Wim Vandekeybus), que carecem de inscrição.

Haverá também duas sessões de debates sob o mote “Desfiguração Transformação”, com moderação de Cláudia Galhós, visitas das criadoras Maria Fonseca e Vera Mantero a escolas de Guimarães para partilhas dos seus percursos, e um ensaio aberto em que escolas de dança da região são convidadas a assistir a um ensaio do espetáculo “O Susto é um Mundo”, de Vera Mantero, seguido de uma conversa com Cláudia Galhós.

Os bilhetes para o GUIdance 2022 já estão disponíveis e custam entre dois e dez euros, existindo bilhetes de assinaturas que garantem acesso a três ou cinco espetáculos por 20 ou 30 euros, respetivamente.