Por causa das restrições impostas a 121 concelhos, incluindo Guimarães, no âmbito da pandemia de COVID-19, a hora do início dos concertos foi antecipada para as 19h30 (quartas, quintas e sextas-feiras) e para as 19h00 (sábados e domingos), permitindo assim o recolhimento antes das 22h30.

Os espetáculos decorrerão no principal auditório do Centro Cultural Vila Flor, cuja lotação foi reduzida de 800 para 396 lugares.

Em conferência de imprensa, a vereadora da Cultura na Câmara de Guimarães e presidente de A Oficina, Adelina Pinto, afirmou na quinta-feira que o festival deste ano será “necessariamente diferente” por causa da pandemia, mas vincou que serão “religiosamente” cumpridas as regras para salvaguarda da saúde de todos.

“Não há nenhum perigo”, referiu, dando conta de que o plano de contingência da sala está aprovado pela Proteção Civil e que o evento “não tem parecer desfavorável” das autoridades de saúde pública.

Um dos destaques do programa será a atuação da holandesa Radiohead Jazz Symphony, com a Orquestra de Guimarães.

Pelo palco passarão nomes como Andy Sheppard, Peter Evans, César Cardoso, Julian Argüelles, Pedro Melo Alves, Sonoscopia, Porta-Jazz e Big Band da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), entre outros.

“Há nesta edição uma componente portuguesa fortíssima, a que se juntam músicos estrangeiros de inegável nível que vivem em Portugal”, disse o programador do festival.

Ivo Martins admitiu que, por causa da pandemia, faltam nesta edição algumas componentes que têm sido a marca do festival, como as 'jam sessions', os 'workshops' e as atividades de rua.

“Tivemos de abdicar de tudo isto por razões de segurança”, referiu, sublinhando, no entanto, que tudo foi feito para “manter de pé” o festival, face ao “forte compromisso” criado com o público, ao longo das 28 edições anteriores.