“Nos próximos dias chega às livrarias uma edição especial de ‘O conto da ilha desconhecida’, de José Saramago, exclusivamente dedicada à angariação de fundos para apoiar o trabalho da Cruz Vermelha Portuguesa na assistência às vítimas do ciclone Idai”, anunciou hoje, em comunicado, a Porto Editora.

Esta é uma iniciativa conjunta da Porto Editora, da Fundação José Saramago e das herdeiras do Nobel da Literatura, envolvendo ainda as Livrarias Bertrand, FNAC e várias independentes, revertendo "todas as receitas e direitos de autor a favor da Cruz Vernelha Portuguesa, que tem estado a dar assistência às vítimas do ciclone, em Moçambique".

"O conto da ilha desconhecida" foi escrito há 22 anos por José Saramago, como o deixou registado no volume V dos "Cadernos de Lanzarote".

O livro, publicado pela primeira vez em 1997, no âmbito das edições do Pavilhão de Portugal da Expo'98 e da Assírio & Alvim, narra "uma história de otimismo e perseverança na concretização dos sonhos, protagonizada por um homem que procura um barco para navegar até uma ilha que ninguém sabe existir".

"O conto da ilha desconhecida" foi, por diversas ocasiões, "alvo de edições especiais para apoiar a Cruz Vermelha em campanhas de reconstrução de países afetados por catástrofes naturais, como em El Salvador ou na Colômbia", refere a editora.

Em 2010, a Fundação José Saramago colaborou também com a Cruz Vermelha, com uma edição especial do romance "A Jangada de Pedra", cujas receitas reverteram, na totalidade, para apoiar a reconstrução do Haiti, alvo de um terramoto.

O Grupo Porto Editora salienta o seu envolvimento no apoio humanitário logo "nos primeiros instantes após a passagem do ciclone tropical Idai", através da Plural Editores, subsidiária do grupo em Moçambique, que "assegurou rapidamente a compra e o fornecimento de milhares de litros de água potável, produto para tratamento de água, centenas de quilos de sal, açúcar e farinha de milho".

A Plural Editores Moçambique é a principal editora do país, atuando principalmente na área da Educação.

Vasco Teixeira, administrador e diretor editorial da Porto Editora, disse que "o envolvimento [da Pliral] no movimento coletivo de apoio ao povo moçambicano foi espontâneo". "Agora, com esta edição especial, esperamos dar mais um contributo para que quem está no terreno possa dar a melhor ajuda. Perante a dimensão da catástrofe, o envolvimento de todos é fundamental”.

Pilar del Rio, presidente da Fundação José Saramago, a propósito desta iniciativa, realçou que "é uma maneira mais de tornar efectiva a ética da responsabilidade, que José Saramago defendia como norma fundamental de convivência".

O ciclone Idai provocou pelo menos 598 mortos e 1.641 feridos e afetou no total 1,3 milhões de pessoas na região centro de Moçambique, segundo o mais recente balanço das autoridades moçambicanas.

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