Graça Morais, José de Guimarães, Lisa Santos Silva são outros nomes, na origem destas "estórias" de Antonio Tabucchi (1943-2012), segundo a informação hoje divulgada pelas Publicações D. Quixote.

A editora refere ainda que esta obra testemunha "a profunda e duradoura cumplicidade do autor italiano com a cultura e a arte de um país que tão bem soube compreender".

A pintura e as artes visuais, em geral, atravessaram a obra de António Tabucchi, destacando-se em particular o conto "Vozes trazidas por alguma coisa, impossível dizer que coisa", a partir das "As Tentações de Santo Antão", de Hieronymus Bosch, da coleção do Museu Nacional de Arte Antiga, e "Sonhos de Sonhos" de artistas como Caravaggio, Goya e Toulouse-Lautrec, entre demais criadores, abordados pelo escritor.

Tabucchi nasceu em Pisa, onde estudou na Faculdade de Letras e na Scuola Normale Superiore.

Ensinou nas Universidades de Bolonha, Roma, Génova e Siena, em Itáia.

Foi professor convidado no Bard College, de Nova Iorque, na École de Hautes Études de Paris e no Collège de France, também na capital francesa.

Entre romances, contos, ensaios e textos teatrais, Tabucchi publicou 27 livros, entre os quais um romance que escreveu em português, "Requiem" (1991), tendo as suas obras sido traduzidas em mais de 40 línguas.

Com Maria José de Lancastre, traduziu para italiano a obra de Fernando Pessoa.

A sua obra foi posta em cena por encenadores como Giorgio Strehler e Didier Bezace.

Os seus livros "O Fio do Horizonte", "Noturno Indiano", "Afirma Pereira" e "Requiem" foram adaptados ao cinema, respetivamente, por Fernando Lopes, Alain Corneau, Roberto Faenza e Alain Tanner.