"A ideia é criar cenários musicais improváveis, com artistas que admiro e com os quais gostava de trabalhar, com a mais valia de muitos deles serem meus amigos”, avança Kamala. Juntar Blaya e Phoenix RDC no pontapé de saída desta viagem deixa, de imediato, evidente o lado inesperado da nova obra: partindo de um beat poderoso, reúnem-se figuras que nunca colaboraram mas que o fazem agora, por uma razão", explica Kamala.

"Temos a Blaya e temos o Phoenix RDC que, dentro das suas áreas, são referências absolutas. O que eu quero é proporcionar sinergias entre pessoas que, à partida, seria pouco provável encontrar dentro de uma determinada estética, continuando a dar voz não só aos artistas portugueses mas, sobretudo, aos talentos nacionais da música urbana", explica o produtor.

Depois mais de 20 anos atrás dos pratos e à frente de vários clubes, festas, festivais e curadorias, Kamala está, agora, a "revelar-se enquanto artista, produtor e compositor". "Estou a levantar a ponta do véu mas não me estou a apresentar – porque os próximos passos vão mostrar outras estéticas. Essa é a mais-valia que o meu percurso de DJ traz à minha nova abordagem artística: eu não tenho que ter só um caminho musical. Uma das coisas que me move é poder lançar uma balada com a mesma tranquilidade com que posso apresentar um tema de techno de Detroit como a seguir lançar uma cena afro-eletrónica ou outra simplesmente Hip-Hop. Essa é a parte mais fixe disto tudo", conta.