O livreiro foi distinguido na quarta-feira pelo chefe de Estado, na semana em que também recebeu a medalha de mérito cultural pela Câmara Municipal de Lisboa, por se dedicar "há mais de duas décadas a estimular e inovar a democratização do acesso à cultura e à formação de públicos".
De acordo com a Presidência da República, a Ordem Militar de Sant’Iago da Espada destina-se "a distinguir o mérito literário, científico e artístico".
José Pinho, de 69 anos, está ligado à génese de vários projetos culturais, nomeadamente a Ler Devagar, que durante os últimos vinte anos tem sido um ponto de encontro das artes e uma livraria de fundos editoriais.
Foi ainda cofundador e sócio-gerente da Nouvelle Librairie Française de Lisboa, e da Rede de Livrarias Independentes – RELI, nascida para apoiar as pequenas livrarias já em contexto da pandemia da COVID-19.
Enquanto criador e coordenador de festivais literários, é responsável pelo Folio Festival Literário Internacional de Óbidos, pelo Festival Literário Latitudes e pelo Festival Lisboa 5L.
Entre 1989 e 1995, foi editor da revista literária de análise e crítica social Devagar.
Mais recentemente, está dedicado à criação do novo Centro Cultural e Social do Bairro Alto, um projeto multidisciplinar que congregará livrarias, galerias, estúdios de cinema e de gravação de audiolivros e ‘podcasts’, salas de concertos e de artes performativas.
Nascido numa aldeia do concelho de São Pedro do Sul, José Pinho é formado em Línguas e Literaturas Modernas e trabalhou ainda em publicidade.
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