Numa nota enviada à agência Lusa, Lurdes Breda explicou que a obra “é composta por um conjunto de curtos e divertidos textos, baseados em expressões variadas e ditados populares, em cuja composição constam obrigatoriamente diferentes animais”.

Por um lado, continuou a autora, “há o intuito de preservar no tempo um rico património da língua e da cultura portuguesa e de, por outro lado, sensibilizar para o conhecimento dos mais diversos habitats e para a proteção das espécies”.

A escritora, que já editou mais de 30 livros em Portugal, no Brasil e em Moçambique, acrescentou que todos os animais referenciados no livro “podem ser encontrados em ecossistemas de Portugal continental e insular”.

“Já algumas das expressões que lhes estão associadas, poderão ter origem em diferentes países lusófonos e foram intencionalmente integradas no projeto de modo enriquecê-lo literária e culturalmente, cultivando diferentes valores e o respeito pela diversidade”, afirmou Lurdes Breda.

“Brincar contribui para a diversão, a educação, a convivência e a descoberta e exploração dos sentidos. É uma das atividades mais importantes para a criança, porquanto permite-lhe tomar conhecimento, não só com o meio que a rodeia, mas igualmente com o mundo. Aprimora as suas capacidades auditivas, visuais, sensoriais e motoras, facilita, ainda, as relações sociais e interpessoais. Apura as suas capacidades intelectuais, a criatividade e a imaginação”, argumentou.

Lurdes Breda assinalou, igualmente, que “também é possível brincar através do livro, quer seja enquanto objeto físico, quer seja por via daquilo que encerra”.

A obra transforma-se, assim, num “brinquedo em forma de papel”, capaz de “provocar o riso, de estimular a curiosidade e a imaginação, mas também potenciador de aprendizagens variadas. Chama a si a família, incita ao brincar, à partilha, à cumplicidade e, sobretudo, aos afetos”, declarou a escritora, natural de Montemor-o-Velho, distrito de Coimbra.

“Eh pá, não sejas coca-bichinhos! – Pequeno dicionário de expressões bichosas” conta com ilustrações de Tânia Clímaco, que se define como uma “pessoa itinerante, deambulante, passeante, viajante, andarilha”.

Paralelamente aos trabalhos de ilustração, Tânia Clímaco é professora de Expressão Artística, entre outras disciplinas ligadas à arte, dinamiza oficinas em várias instituições e veste a personagem de Josefina no teatro de marionetas “Cabeça nas Nuvens”.

O livro, editado pela Hora de Ler, tem a participação da escritora Isabel Zambujal no texto da contracapa e assinala o Dia Internacional do Brincar” (World Play Day, na definição em inglês), que se celebra no dia 28, “uma data de vital importância no universo da criança”, comemorada em mais de quarenta países, incluindo Portugal.

O projeto conta com a parceria do Museu do Brincar/Casinha de Bonecas, respetivamente em Vagos e Aveiro, e funciona como uma espécie de “passaporte” para aceder àquelas instituições, já que cada exemplar apresentado resulta numa entrada gratuita.