O guitarrista açoriano José Pracana, que tocou vários anos com fadistas como Amália Rodrigues e Alfredo Marceneiro, morreu hoje aos 70 anos, na ilha de São Miguel, nos Açores, vítima de doença prolongada, informou um amigo da família.

“Apaixonado guitarrista e intérprete, acompanhou os maiores nomes da sua geração. Ao longo da vida, contribuiu grandemente para o estudo e divulgação do fado, como autor de programas de televisão, organizador da histórica coleção Biografias do Fado e colaborador ativo do Museu do Fado”, recordou, em comunicado, o ministro da Cultura, manifestando pesar pela sua morte.

José Pracana nasceu a 18 de março de 1946 em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

Segundo a página online do Museu do Fado, José Pracana iniciou em 1964 a sua carreira como guitarrista amador, tendo acompanhado assiduamente os fadistas Alfredo Marceneiro, Vicente da Câmara, Carlos Zel, entre outros.

Entre 1969 e 1972, José Pracana dirigiu o “Arreda”, em Cascais, um projeto que abandonou para ingressar na TAP.

Atuou dentro e fora do país inúmeras vezes e participou em vários programas televisivos.

José Pracana foi autor de programas alusivos ao fado para a RTP, entre eles “Vamos aos Fados”, em 1976, e “Silêncio que se vai contar o Fado”, em 1992.

Em 2005 recebeu o prémio Amália Rodrigues na categoria de Fado Amador.