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O segundo álbum do músico dos X-Wife é descrito como "mais sólido e coerente" do que "Voyager" (2015), com menos convidados e marcado pela estética musical e pela cultura alternativa dos anos 1980, com nomes que vão dos Soft Cell aos My Bloody Valentine, como afirmou à agência Lusa.
Nascido nos anos 1980, Rui Maia regressa a essa época, que lhe deixou marcas nas memórias culturais, pela música e pelo cinema, muito por influência dos irmãos mais velhos.
"Os anos 1980 estão marcados por esse lado mais foleiro e comercial, mas tem coisas incríveis, coisas boas e mais obscuras. Nos anos 1990 achava-se que a década anterior era foleira, mas em 2017 se olharmos para trás já damos outro valor", disse.
O tema "Bring the light" foi o primeiro a ficar completo e acabou por dar nome ao disco e ser a chave para as restantes canções. "Tem um lado mais sintético no 'beat', tem uma guitarra 'noise', tem o vocoder [instrumento para alterar a voz] e isso influenciou o disco", disse.
A atravessar as canções está ainda uma ideia de vivência na cidade, com a inclusão de sons e ruídos.
"Andei de gravador na mão em Lisboa a captar alguns sons que quis incluir no disco, como o barulho dos pássaros no amanhecer. Ajudam a contar uma história e mostrar esse lado mais urbano", disse Rui Maia para explicar alguns ambientes sonoros que se encontram entre canções.
A preparar o calendário de atuações para os próximos meses, Rui Maia tem já alguns concertos marcados, nomeadamente a 27 de abril em Évora, no dia 28 em Viseu e no dia 29 no Porto.
Na sexta-feira, dia em que sai o disco, Rui Maia estará a mostrar as canções novas no Incógnito, em Lisboa.
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