Maria João Abreu foi hospitalizada de urgência depois de sofrer um aneurisma a 30 de abril. A atriz desmaiou durante as gravações da novela "A Serra" (SIC), depois de ter apresentado falhas no raciocínio e mal estar. Estava internada desde então em coma induzido e acabou por não resistir.

O óbito ocorreu às 11h40, sabe o SAPO Mag.

Nas redes sociais, o marido de Maria João Abreu, o músico João Soares, confirmou a morte da atriz. "A minha João partiu. Infelizmente, todo o meu amor por ela, todo o amor da família e todo o amor dos amigos não foi suficiente para impedir que esta viagem se iniciasse. Algo ou alguém lá em cima, com muita força… com muita, muita, muita mais força levou-a para junto de si", escreveu.

"Deixa-nos um legado de talento, de boa energia. Era alguém com quem era muito fácil de trabalhar, que tocou as pessoas que conheceu de uma forma muito particular", frisou, emocionado, Daniel Oliveira, diretor de programas da SIC, em declarações ao "Primeiro Jornal". "Era uma extraordinária atriz, uma ser humano de excepção. Isso justifica bem a emoção que estamos aqui a sentir", acrescentou Bento Rodrigues.

"Tinha uma capacidade de contagiar os outros à sua volta, com uma energia muito positiva (...) Era alguém que tinha uma capacidade mobilizadora", acrescentou Daniel Oliveira. "A Maria João é da nossa família, da SIC. Aquilo que ela representa na história da SIC, sobretudo na história recente, não será esquecido", sublinhou.

Segundo Daniel Oliveira, os espectadores vão continuar a ver Maria João Abreu na SIC "durante algum tempo": "Ela tinha muitas, muitas cenas gravadas da novela 'A Serra'".

Nas redes sociais, a SIC recordou a atriz. "É com grande tristeza que a família SIC avança com a notícia da morte da atriz Maria João Abreu. Um abraço de apoio a todos os familiares, amigos e colegas. Estamos eternamente gratos por tudo o que nos deu. Obrigado Maria João, obrigado. Celebremos para sempre o seu talento", escreveu o canal no Instagram.

Dos palcos à televisão, uma carreira com quase 40 anos

Maria João Abreu, de 57 anos, estreou-se como atriz profissional em 1983, no musical "Annie", de Armando Cortez, no Teatro Maria Matos. Seguiram-se vários espectáculos de revista no Parque Mayer, até participar, na "Casa da Comédia".

Maria João Abreu
créditos: SIC

A este sucederam-se vários outros espetáculos de revista no Parque Mayer, até participar, na Casa da Comédia, em “O Último dos Marialvas”, de Neil Simon, peça estreada em 1991, que lhe daria visibilidade e reconhecimento como atriz de comédia.

Depois de várias atuações em espetáculos de revista, sobretudo no Teatro Maria Vitória e no antigo Variedades, Maria João Abreu passou pelo Teatro Aberto, onde trabalhou com João Lourenço em “As Presidentes”, de Werner Schawb, e com José Carretas, em “Coelho Coelho”, de Celine Serreau. Com Manuel Cintra e José Carretas, fez também “Bolero”, apresentado no Centro Cultural de Belém (CCB).

Já "Uma Bomba Chamada Etelvina" (1988), da RTP, marcou a estreia da atriz no pequeno ecrã. "Canto Alegre" (RTP1, 1989), "Caixa Alta" (RTP1, 1989) ou "O Cacilheiro do Amor "(RTP1, 1990) foram os projetos que se seguiram.

Com a chegada do segundo canal privado, em fevereiro de 1993, Maria João Abreu mudou-se para a TVI. Na estação de Queluz de Baixo, a atriz fez parte do elenco de produções como "Cos(z)ido à Portuguesa" (1993), "Trapos e Companhia" (1994) e "Quem Casa Quer Casa" (1994).

Depois de um breve regresso à RTP1, em 1994 e 1995, a atriz estreou-se na SIC no "Big Show". Em 1996, Maria João Abreu integrou o elenco de "Malucos do Riso" e de "Camilo e Filha Lda".

No final dos anos 1990, a atriz participou ainda em "Vidas de Sal" (RTP1), "Não Há Duas Sem Três" (RTP1), "As Lições do Tonecas" (RTP1). Em 1998, Maria João Abreu vestiu a pele de Lucinda na série "Médico de Família", da SIC, sendo uma das mais populares personagens da sua carreira.

Mas não foi só de alegrias, sucesso e reconhecimento que a sua carreira profissional foi feita. O teatro também lhe trouxe desgosto e sofrimento, como contou numa entrevista a Daniel Oliveira, no programa "Alta Definição", em 2019, na qual confessou ter sido vítima de 'bullying', ao ponto de “ir parar ao hospital com um ataque de ansiedade”.

“Foi grave, muito grave. Tive muitos pesadelos. Cheguei a pensar que fosse algo pessoal. Foi-me dito que não, de pessoas que já tinham sido vítimas de 'bullying' da mesma pessoa”, revelou na altura, contando que era olhada com “ódio”, cuspida na cara, apertada e empurrada antes de entrar em palco.

A vida profissional de Maria João Abreu sofreu uma reviravolta em 1998, ano em que fundou, com o também ator José Raposo (com quem estava casada desde 1985), a produtora Toca dos Raposos, responsável por sucessos como a revista “Ó Troilaré, Ó Troilará” e o musical “Mulheres ao Poder”, uma adaptação da "Lisístrata", de Aristófanes.

Ao longo dos seus mais de 35 anos de carreira, e apesar das muitas requisições para televisão, Maria João Abreu nunca deixou o teatro nem a revista, uma das suas paixões, tendo coprotagonizado, em 2004, “A Rainha do Ferro Velho”, de Garson Kanin, encenada por Filipe La Féria, no Teatro Politeama.

Por estes anos da primeira década de 2000, entra em produções como "Tem a palavra a revista", "A revista é liiiinda!", "Isto é Parque Mayer" e "Já viram isto?!", todas no Teatro Maria Vitória, e em "O estádio da nação", no Teatro Sá da Bandeira, no Porto, a que mais tarde se seguem comédias como "As encalhadas", numa versão de Ana Bola, com Helena Isabel e Rita Salema, "Eu conheço-te", de Heitor Lourenço, e "Pobre milionário", de Francis Veber, com Miguel Guilherme.

Num registo diferente, por entre as várias produções de comédia e de revista desta altura, fez também, nos Artistas Unidos, "Cada dia a cada um a liberdade e o reino", uma conceção de Jorge Silva Melo a partir de textos Almeida Garrett, Passos Manuel, Sá Carneiro, Henrique de Barros e Sophia de Mello Breyner Andresen, entre outros autores.

Em 2012, protagonizou a peça “O Libertino”, de Eric-Emmanuel Schmitt, dirigida por José Fonseca e Costa, no Teatro da Trindade, contracenando com José Raposo, Custódia Gallego e Filomena Cautela, depois de o projeto não ter chegado a cena, no Teatro Nacional D. Maria II, como previsto.

Dois anos mais tarde, Maria João Abreu entrava na ‘revista-musical’ “Portugal à gargalhada”.

Ainda em 2014, quando passavam 40 anos sobre o 25 de Abril, participou na encenação de "Coragem hoje, abraços amanhã", de Joana Brandão, peça concebida sobre testemunhos, cartas e memórias de mulheres presas e torturadas pela PIDE, a polícia política da ditadura do Estado Novo. Na mesma altura, foi uma das "Mulheres de Abril", no episódio da série "Uma Calma e Lânguida Primavera", dirigido por Henrique Oliveira.

No percurso da atriz, nos palcos, seguiram-se "Uma mulher sem importância", a partir de Oscar Wilde, no Teatro Maria Matos, em 2015, e "Boas pessoas", de David Lindsay-Abaire, no Teatro Aberto, em 2016.

"Amo-te Teresa" (SIC), "Jardins Proibidos" (TVI), "Aqui não há quem viva" (SIC), "Morangos com Açúcar" (TVI), "Casos da Vida" (TVI), "Ele é Ela" (TVI), "Sentimentos" (TVI), "Cidade Despida" (RTP1) e "Conta-me Como Foi" (RTP1) foram alguns dos trabalhos da atriz no pequeno ecrã na primeiro década dos anos 2000.

"Cidade Despida" (RTP1), "Espírito Indomável" (TVI), "Pai à Força" (RTP1), "Liberdade 21" (RTP1), "A Família mata" (SIC), "Mulheres de Abril" (RTP1), "Mar Salgado" (SIC), "Amor Maior" (SIC), "Paixão" (SIC) e "Golpe de Sorte" (SIC) foram outros dos projetos que a atriz integrou.

Em 2019, a atriz protagonizou "Sonho de uma Noite de Verão",  uma das obras mais conhecidas e adaptadas de William Shakespeare e que ganhou nova versão pelas mãos da Lisbon Film Orchestra.  O musical juntou em palco, pela primeira vez, José Raposo, Maria João Abreu e filho Miguel Raposo.

Maria João Abreu em

"Mete medo. Eu não sou cantora, sou uma atriz que canta. Cantar com 16 elementos a tocar para mim... é terrível de bom. Saber que temos um maestro com tanta experiência, transmite confiança", confessou a atriz em conversa com o SAPO Mag, antes da estreia do musical no Tivoli BBVA, em Lisboa.

Já no grande ecrã, Maria João Abreu fez parte do elenco de "Amo-te Teresa" (2000), "Telefona-me!" (2000), "Call Girl" (2017), "A Mãe é que Sabe" (2016) e "Submissão" (2019).

Atualmente, a atriz fazia parte do elenco da novela "A Serra", da SIC, onde vestia a pele de Sãozinha. Paralelamente, Maria João Abreu integrava a série "Patrões Fora".

Maria João Abreu esteve casada 23 anos com José Raposo, de quem teve dois filhos, Miguel Raposo e Ricardo Raposo. Voltou a casar-se em 2012 com o músico João Soares.

Nascida em Lisboa, a 14 de abril de 1964, Maria João Gonçalves Abreu Soares era oriunda de famílias humildes e começou a trabalhar muito cedo, o que fez dela uma criança muito madura, que não sabia brincar, que tinha pânico de falhar e uma grande necessidade de sentir amor”, como a própria confessou em entrevista.

A atriz contou recordar-se de procurarem “tostões nas gavetas”, para conseguirem comprar um quilo de arroz para o jantar, de a mãe trabalhar muito, e de ela ter feito o seu primeiro arroz de tomate aos oito anos.

Em novembro de 2020, Maria João Abreu perdeu o pai, que morreu em plena pandemia, aos 78 anos, vítima de covid-19.

No dia 30 de abril - cinco meses depois da morte do pai e apenas 16 dias após ter feito 57 anos -, a atriz sentiu-se indisposta durante as gravações da telenovela “A Serra” e desmaiou, tendo sido internada de urgência no Hospital Garcia de Orta, em Almada, com diagnóstico de rotura de aneurisma cerebral.

Amigos e colegas recordam Maria João Abreu: "Talentosa, alegre, afetuosa e genuinamente boa pessoa"

No site da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa recordou a atriz. "O humor, a emoção e a empatia ligam-nos aos outros, até aos outros que não conhecemos, como é o caso dos atores e das atrizes. Maria João Abreu, que nos deixou precocemente, escolheu essa abordagem, talvez por ser a abordagem que lhe era mais natural: a comédia, a projeção dos nossos afetos e dos nossos problemas, a proximidade humana", escreveu.

"A sua carreira como atriz de revista e como produtora, ao lado de José Raposo, bem como outras participações teatrais (com Filipe La Féria, João Lourenço e José Fonseca e Costa), mas sobretudo o seu intenso currículo em televisão (novelas, séries, programas de entretenimento e de comédia) tornaram-na uma figura que representava para muitos portugueses a familiaridade de quem está connosco porque se parece connosco. À sua Família apresento, comovido, as minhas sentidas condolências", rematou o Presidente da República.

Nas redes sociais, a SIC recordou a atriz. "É com grande tristeza que a família SIC avança com a notícia da morte da atriz Maria João Abreu. Um abraço de apoio a todos os familiares, amigos e colegas. Estamos eternamente gratos por tudo o que nos deu. Obrigado Maria João, obrigado. Celebremos para sempre o seu talento", escreveu o canal no Instagram.

Em nota enviada ao SAPO Mag, a TVI também lamentou a morte da atriz. "É com a mais profunda consternação que a TVI lamenta o falecimento prematuro de Maria João Abreu e envia as suas sinceras condolências aos familiares, amigos e SIC. É com grande pesar que recebemos esta notícia que irá para sempre ser sentida nas salas de espetáculo e televisões", frisa o canal.

"A sua falta será para sempre sentida. Portugal fica mais pobre, assim como o teatro e a ficção portuguesa. Para sempre na nossa memória ficará a sua arte de excelência. Até sempre Maria João Abreu", remata a estação de Queluz de Baixo.

"Maria João abreu foi das maiores atrizes do teatro em Portugal. Do teatro, da televisão, das novelas, das comédias, dos musicais, da revista, do drama. Maria João Abreu foi um ser excepcional. Eu sei, é hábito depois da morte de alguém que conhecemos, de alguém que admiramos, elogiarmos essa pessoa. No caso concreto de Maria João Abreu, não haverá um único colega ou uma única pessoa que com ela tenha trabalhado que não diga que era um ser de luz. Era contagiante", frisou Manuel Luís Goucha no arranque do seu programa, revelando que a TVI vai dedicar uma emissão especial à atriz até às 20h00.

Na sua página no Facebook, Ruy de Carvalho também recordou a amiga. "Até um dia, minha querida...", escreveu. "É com profunda tristeza que soube agora a notícia. Perde-se mais uma grande atriz, uma grande mulher e uma grandessíssima colega", acrescentou o ator à Rádio Renascença.

"Há coisas que não se entendem. Esta é uma delas", sublinhou Fernanda Serrano. "Que continues a ser uma luz bonita como sempre foste. Nunca tive o privilégio de trabalharmos juntas... assim não aconteceu! Paz no teu descanso", escreveu.

Nas redes sociais, Sofia Arruda recordou a amiga e colega. "Minha João, nossa João. Não há palavras para esta partida tão prematura. Vou amar-te sempre. Vamos amar-te sempre  Deixo esta pequena homenagem a cores porque é assim que te vejo, a cores, com tanta tanta luz. Obrigada por tudo o que me deste! Os meus sinceros sentimentos para toda a família", escreveu a atriz.

Na sua conta no Instagram, Cristina Ferreira publicou uma fotografia da atriz. "Querida João", escreveu.

No arranque do seu programa, Júlia Pinheiro também lembrou a amiga. "A nossa Maria João Abreu partiu hoje (...) É uma perda irreparável que nos deixa profundamente consternados. Maria João Abreu era uma excelente profissional, mas mais do que isso era uma pessoa extraordinária. A entrega que colocava em tudo o que fazia, o sorriso tímido - ela era tímida -, mas com um olhar muito atento, muito vivo... tudo isto vai deixar uma imensa saudade", frisou.

Em declarações à SIC, atriz São José Lapa recordou a amiga. "Era uma menina queridíssima, sempre bem disposta, com boa onda", lembrou.

"Que tristeza a partida da Maria João Abreu. Uma atriz fantástica, uma mãe maravilhosa, uma grande mulher. Descansa em paz. Todos já sentimos muitas saudades tuas. Beijo grande para toda a família. Grande tristeza", escreveu Teresa Guilherme na sua conta no Facebook.

"A Maria João Abreu era uma inspiração suprema. Uma grande actriz. Não apenas uma grande actriz popular, mas uma actriz de múltiplos talentos. Deixa saudades em todos aqueles com quem se cruzou. E somos muitos! Obrigado, Maria João. Uma mulher maravilhosa, uma mãe maravilhosa”, alguém disse na vertigem das emoções desta tarde. Eis o que fica. E fica para sempre", escreveu Nuno Santos nas redes sociais.

"Não quero acreditar... minha querida João. Não posso aceitar. Que tristeza imensa... Partes cedo demais, tu e o teu coração", frisou José Carlos Pereira.

"Que notícia devastadora. Estive poucas vezes com a Maria João, mas deu para perceber que era tão divertida e adorável como toda a gente imaginava que ela era. Grande abraço para a família e os amigos. Um crime, perdê-la tão cedo", frisou Nuno Markl.

"Estou em choque com a partida da Maria João Abreu. Uma mulher com M grande. Talentosa, alegre, afetuosa e genuinamente boa pessoa. Deixo o meu abraço a todos os que a amam", escreveu Fátima Lopes na sua conta no Instagram.

Pedro Miguel Ramos recordou que, "em vários momentos" da sua carreira profissional, esteve perto da Maria João Abreu. "Tinha um sorriso e uma forma de estar em público exemplar... a tua força pessoal é uma luz que não se apaga", sublinhou nas redes sociais.

"Quando a tristeza é maior do que as palavras que nos restam", confessou Tânia Ribas de Oliveira na sua conta no Instagram.

Agir também recordou a atriz: "Querida Maria João, foi um honra trabalhar contigo e poder conhecer um pouco melhor a pessoa maravilhosa que és. A Cultura e o Mundo ficaram mais pobres. Forte abraço à família e amigos. Até sempre, Maria João Abreu".

"Confesso que ainda não estou em mim. Custa a acreditar que partiste. Deixo aqui a minha homenagem a uma Mulher incrível, uma profissional extraordinária e uma colega ímpar", escreveu Kapinha.

coordenadora do BE, Catarina Martins, lamentou hoje a morte de Maria João Abreu, “uma das atrizes mais amadas” de Portugal, uma "excelente profissional" e “uma extraordinária pessoa de luta solidária”. “Maria João Abreu era seguramente uma das atrizes mais amadas do nosso país e por boas razões, pela excelente atriz que era e pela extraordinária pessoa de luta solidária também que era”, enalteceu.

A líder do BE aproveitou o momento para enviar as condolências “a toda a família e a todos os amigos”. “Vai-nos fazer falta com certeza”, lamentou.

No Facebook, Nilton recordou que se cruzou "uma dúzia de vezes com a Maria João Abreu": "Mas cruzei-me o suficiente para lhe reconhecer sempre a simpatia, a generosidade, sentido de humor e uma energia positiva e boa onda difíceis de encontrar".

Para Rita Ferro Rodrigues, Maria João Abreu "é uma Luz de amor e força, será sempre". "Que grande mulher, que extraordinária actriz, fonte de ternura e sensibilidade", frisou.

"Lamento muito que tenha partido um ser tão bom", frisou Ana Bola à SIC Notícias. "Neste país, muitas vezes só se reconhece o real valor dos artistas depois de eles andarem cá muitos anos a carimbar e às vezes a passar dificuldades. Acho que isso aconteceu um bocadinho com a Maria João e revolta-me um bocadinho", rematou.

"Ó querida João, descansa em paz. Queridos Zé, Ricardo, Miguel e João abraço-vos na vossa dor", escreveu Maria Rueff.

Graça Fonseca, ministra da Cultura, lembrou Maria João Abreu em declarações ao programa "Goucha", da TVI. "As palavras são difíceis, é um dia muito triste. Começo por lamentar a morte e por apresentar um abraço a todos os seus familiares, amigos, admiradores do público (...) A Maria João era uma mulher, uma atriz, muito especial. Estreou-se num musical dirigido pelo Armando Cortez, no Teatro Maria Matos, que é talvez um início tão auspicioso como foi a vida da Maria João", frisou.

"Uma atriz muito versátil que percorreu a história do teatro português, o teatro de revista, o teatro musical ou o teatro experimental. Com uma carreira incrível na televisão, sempre muito próxima de nós através do pequeno ecrã. É uma mulher muito especial na sua generosidade e tenho dito e sito muito isto: ninguém ficava indiferente à Maria João; ninguém ficava igual depois de conhecer a Maria João", lembrou a ministra da Cultura em entrevista a Manuel Luís Goucha e Cristina Ferreira.

Na sua conta no Instagram, Manuel Marques enviou uma abraço de força à família: "A nossa Querida Generosa e Brilhante Maria João Abreu. Descansa paz. Grande abraço de força para toda a família".

Em declarações à Rádio Renascença, Ricardo Carriço confessou que  Maria João Abreu é um exemplo de vida. "A Maria João era um exemplo de vida, uma com uma energia extraordinária, uma atriz de mão cheia. Estava permanentemente preocupada com os outros, ajudava, nunca foi indiferente a quem estava ao seu lado. Estava sempre pronta. Para além de um ser humano extraordinário, era uma atriz notável", afirmou.

À SIC Notícias, o realizador Vicente Alves do Ó recordou Maria João Abreu como uma "joia da arte da representação".

Para Inês Herédia, "a [Maria] João é daquelas que tem entrada direta lá para cima". "Era alegria constante, é das colegas mais generosas com quem já tive o privilégio de trabalhar, e estar ao lado dela era estar assim. Feliz. A João ensinou-me, defendeu-me, protegeu-me e era isto com a paróquia inteira dela. E a paróquia dela era tão grande. Obrigada por tanto João, soube a tão pouco. Até já e continua a tratar dos que cá estão. Viva a tua Vida, João", escreveu nas redes sociais.

"Quando tocava a dar, não tinha limites. A generosidade dela é o que me vai fazer mais falta", disse Custódia Gallego à SIC Notícias.

"Querida João, vai em Paz, deste tanto amor a todos e foste muito ama", escreveu Noémia Costa.

Nas redes sociais, os fãs da atriz também recordaram o seu percurso.