"A sua esposa, as três filhas, a família, o agente, os seus colaboradores e sua companhia fonográfica anunciam com pesar a morte de Didier Lockwood", disse o agente do músico em comunicado.
Lockwood, que era casado com a soprano francesa Patricia Petibon, tinha participado num espetáculo na noite de sábado, 17 de fevereiro, no Bal Blomet, uma sala de jazz parisiense.
O violinista foi um dos grandes representantes do jazz francês, com uma carreira em que deu cerca de 4500 concertos e gravou mais de 35 álbuns.
Nascido em Calais, no norte da França, a 11 de fevereiro de 1956, o filho de um professor de música começou a aprender violino aos sete anos, e interessou-se muito cedo pelo improviso, graças ao seu irmão mais velho, Francis.
Aos 17 anos, Lockwood estreou no Magma, que era, então, o principal grupo de rock progressivo em França. De seguida, ocupou a cena musical através de vários encontros e projetos em diversos estilos: jazz fusion elétrico, jazz acústico, gipsy jazz e música clássica.
Criou duas óperas durante a sua carreira, dois concertos para violino e orquestra, um concerto para piano e orquestra, poemas líricos e muitas outras obras sinfónicas, sem esquecer as músicas para filmes.
Lockwood também estava envolvido no ensino musical. Autor de um método de aprendizagem do violino para o jazz, criou em 2001 o Centro de Músicas Didier Lockwood, uma escola na qual se ensina o improviso, em Dammarie-les-Lys, perto de Paris.
Em 2006, entregou ao governo francês um documento sobre o ensino de música no país, no qual demonstrava preocupação com uma infância "formatada" pela tecnologia moderna.
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