“De 03 a 11 de julho, o Muro LX 21 vai, uma vez mais, celebrar a Arte Urbana na cidade de Lisboa. Queremos voltar ao espaço público e que as pessoas possam receber um conjunto grande de novas obras de novos artistas. A 4.ª edição do Muro tem lugar na freguesia do Parque das Nações”, lê-se num comunicado hoje divulgado pela Galeria de Arte Urbana (GAU), da Câmara Municipal de Lisboa, que organiza o festival.

O cartaz inclui “artistas em estreia em Portugal, bem como alguns consagrados”, que irão pintar “telas gigantes em pilares da Ponte Vasco da Gama, campos de basquetebol, empenas de prédios, atravessamentos pedonais e muros de comboio”.

A programação, além dos “já habituais workshops, concertos e visitas a pé”, inclui “uma atividade inédita: a possibilidade de visitar as novas intervenções artísticas de arte urbana do MURO LX_21 de bicicleta”.

Este ano, o festival decorre sob o mote “O Muro que nos (re)úne”: “uma reunião provocada pela força transformadora da arte urbana na capital, que este ano fica marcada pela forte presença de artistas de graffiti”.

A 4.ª edição do Muro irá acontecer em três núcleos, em três as zonas da freguesia do Parque das Nações: Casal dos Machados, Avenida de Pádua e Parque Tejo.

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De acordo com a GAU, “o núcleo da Multiculturalidade, no Casal dos Machados, interliga os conceitos de comunidade, nações, culturas e igualdade através de intervenções em empenas dos edifícios e muros”.

Nesta zona, já é possível ver-se uma de duas intervenções que servem de ‘aperitivo’ à 4.ª edição do festival: um mural da autoria do artista britânico D*Face, pintado em novembro do ano passado na Av. Aquilino Ribeiro Machado.

“É também neste núcleo que a ‘street artist’ australiana Vexta se estreia em Portugal e no festival, trazendo até este bairro o caleidoscópio psicadélico que reinterpreta com elementos sagrados dentro da cosmologia, mitologia, vida/morte e o feminino”, refere a GAU.

O núcleo da Sustentabilidade, na Avenida de Pádua, “vem dar relevo ao constante incremento de qualidade do ambiente e da vida em Lisboa, muitas vezes intermediado pelas artes”.

“Nesta área será realizada uma intervenção que tirará partido da praceta, dos muros de suporte da linha de comboio para intervenção escultórica e do túnel de atravessamento pedonal e rodoviário com uma intervenção de iluminação”, explica a GAU, adiantando que para este núcleo está já confirmada uma intervenção de Bordalo II, “conhecido internacionalmente pelas suas obras que usam como matéria prima principal o lixo, em jeito de manifesto universal contra a destruição do planeta”.

O núcleo Cultura Urbana, no Parque Tejo, “vem realçar a força tão peculiar que o Muro LX_21 exerce como fator de reunião e de cruzamento através de uma forte presença do graffiti nos pilares e muro da Ponte Vaso da Gama, assim como nos campos de basquete a criar e no ‘skate park’”.

Para intervir nesta zona, o festival convocou o português Odeith, “conhecido mundialmente pelo efeito 3D que provoca nas suas obras através do recurso à ilusão de ótica”, a colombiana Zurik, “reconhecida pelo jogo que cria entre o orgânico, o geométrico e os volumes do desenho técnico”, e a portuguesa Thunders Crew, “onde está reunida uma galáxia de estrelas de graffiti nacional”, que integra Hélio Bray, Chure Oner, Iamfromlx, Fredy Klit, Mar e Mosaik.

A estas três zonas do Parque das Nações, junta-se a Gare do Oriente, “como ponto de reunião dos núcleos e das suas temáticas e como ponto de partida e de chegada de muitas das atividades propostas nesta edição”.

Aqui será possível visitar-se duas exposições: uma a solo de Odeith e uma retrospetiva da galeria Crack Kids, com “serigrafias desde a criação de primeira loja da Montana no Bairro Alto até hoje, com as várias exposições realizadas e que muito contribuíram para a afirmação da arte urbana em Lisboa”.

A segunda intervenção que antecipa a 4.ª edição do Muro, da autoria do coletivo RUA (composto por Contra, Draw, Fedor, Oker, The Caver e Third), foi feita em abril na empena de um prédio na Rua Padre Joaquim Alves Correia, perto de Moscavide.

Entretanto, até 19 de maio, estão abertas candidaturas para o concurso internacional Artista Muro LX_21. Para este concurso, estão convocados “artistas de todo o mundo para intervir em duas empenas no Bairro Casal dos Machados, no núcleo da Multiculturalidade”.

“As pessoas, as culturas, as nações e a riqueza da diversidade serão o mote para a apresentação de propostas de intervenção artística”, explica a GAU.

A programação completa do festival será anunciada em junho.

O Muro – Festival de Arte Urbana de Lisboa aconteceu pela primeira vez em 2016, na freguesia de Carnide (no Bairro Padre Cruz). Seguiram-se Marvila, em 2017, e Lumiar (na zona envolvente do bairro da Cruz Vermelha e da Alta de Lisboa), em 2019. Nestas freguesias da cidade, “157 artistas criaram 112 peças de arte urbana em cerca de 17 mil metros quadrados”.

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