Contactada pela agência Lusa para um balanço dos dez anos de vida do museu, fonte da comunicação da Fundação Oriente indicou que estes visitantes passaram pelas exposições entre maio de 2008, quando o museu foi inaugurado, e janeiro de 2018.

Ainda segundo as estatísticas da entidade, 97.846 espectadores assistiram a cerca de 500 espetáculos de música, teatro, dança e cinema nestes dez anos.

Foram também apresentadas 115 exposições temporárias, 34.111 pessoas participaram nos mais de 700 cursos, 'workshops' e palestras realizadas no museu, 13.328 usaram o Centro de Documentação, onde se realizaram dez festas do livro, e 39.317 recorreram a diversas atividades do serviço educativo.

No Centro de Reuniões do museu, ao longo dos dez anos, foram realizados cerca de 1.700 eventos, nos quais participaram 141.600 pessoas, segundo os dados da fundação.

Atualmente, o museu tem patente a exposição “Um Museu do Outro Mundo", com cerca de uma centena de peças, num diálogo de obras do acervo, com novas obras do artista José de Guimarães, até 3 de junho.

O Museu do Oriente, que abriu portas em maio de 2008, foi distinguido em 2009 como o melhor museu português desse ano pela Associação Portuguesa de Museologia (APCOM).

Possui um património museológico com mais de 15.000 peças, muitas delas sobre a presença portuguesa na Ásia, que vão desde as máscaras ao mobiliário, passando por armaduras, mapas, têxteis, biombos, porcelanas, terracotas, desenhos e pinturas.

Localizado em Alcântara, o museu foi instalado após obras de recuperação e adaptação do edifício originalmente desenhado pelo arquiteto João Simões, construído em 1939, um dos símbolos da arquitetura portuária do Estado Novo.

O novo projeto é da autoria dos arquitetos João Luís Carrilho da Graça e Rui Francisco.

Constituída em 18 de março de 1988, a Fundação Oriente tem como objetivos a realização e o apoio a iniciativas de carácter cultural, científico, educativo, artístico e social, sobretudo em Portugal e em Macau.

Também desenvolve iniciativas de defesa do património cultural ligado à língua e à história da presença de Portugal no Oriente, a promoção dos estudos orientais em Portugal e dos estudos internacionais sobre a presença portuguesa na Ásia.

Com delegações em Macau, na Índia e em Timor-Leste, a Fundação Oriente desenvolve também um programa de bolsas de estudo de investigação, de doutoramento e de língua e cultura portuguesa e línguas e culturas orientais, promovendo ainda o ensino da língua portuguesa em Macau, Goa e Timor-Leste.