Desde a inauguração, a 5 de outubro de 2016, até setembro passado, o MAAT, que inclui um edifício desenhado pela arquiteta britânica Amanda Levete, contou com mais de 550.000 visitantes, 30% dos quais estrangeiros.

Os dados foram avançados por Miguel Coutinho e pelo diretor do MAAT, Pedro Gadanho, num balanço do primeiro ano de vida do museu, que incluiu a apresentação de três novas exposições, tanto no emblemático edifício novo como na Central Tejo.

Segundo Miguel Coutinho, desses 550.000 visitantes, 285.000 foram contabilizados já este ano, um número acima do esperado.

O MAAT teve entrada gratuita desde a abertura, até março passado.

Num ano de atividade cultural, o MAAT teve "uma programação intensa" com 23 exposições individuais e coletivas, portuguesas e estrangeiras, com um total de 442 artistas expostos, dos quais 137 foram portugueses.

"O MAAT é um pólo importante para a Fundação EDP, mas também é um pólo cultural muito relevante para a cidade de Lisboa e para Portugal e acreditamos que contribui para atrair muitos turistas que gostam de cultura", disse Miguel Coutinho.

Pedro Gadanho afirmou que o MAAT quer ter "progressivamente um crescimento do público internacional", mas ao mesmo tempo tem como objetivo "convencer os portugueses de que vale a pena voltar ao MAAT, mesmo depois de já conhecer o edifício".

"A atração do novo edifício é um fator muito importante neste número de visitantes do primeiro ano, mas o nosso objetivo é mostrar às pessoas que são os conteúdos que fazem valer a pena regressar ao museu", disse o arquiteto.

Para Pedro Gadanho, os media também têm um papel nesse objetivo de atrair mais portugueses ao MAAT.

"Nós só podemos gerar conteúdos que consideramos ser importantes e relevantes. Os media têm de transmitir ao público que esses conteúdos lhes podem interessar. Se as pessoas não têm formação académica, ou mesmo a nível do liceu, que lhes permita conhecer a história de arte depois do Picasso e do Matisse, então é no dia-a-dia, e através dos medias, que têm de começar a perceber onde é que a arte contemporânea está neste momento", opinou.

O MAAT completa um ano de existência na quinta-feira, 05 de outubro, com entrada gratuita para um programa de atividades que começa na véspera, com a abertura ao público de três exposições e uma atuação do músico português Luís Clara Gomes, conhecido como Moullinex, que fará a apresentação do novo álbum, "Hypersex".

As três exposições que abrem ao público na quarta-feira são "Shadow Soundings", do compositor Bill Fontana, em torno da ponte 25 de Abril, "Quote/Unquote - Entre a apropriação e o diálogo", a partir de uma seleção de obras da coleção da Fundação EDP, e uma mostra de vídeo no âmbito do programa Artists’ Film International.

De acordo com Pedro Gadanho, anualmente a data de aniversário do MAAT será sempre um "open day" de atividades especiais para o público.

A ponte pedonal de acesso ao MAAT, que possibilitará acesso ao museu, passando sobre a avenida da Índia, a linha de comboio e a avenida Brasília, vai estar operacional em novembro.