A temporada abre com “A sagração da primavera – Memórias ternas de um afeto queer”, que a bailarina e coreógrafa Dinis Machado, responsável também pelos figurinos e pela luz, estreou na edição deste ano do Citemor.
Na área das artes performativas, destaque ainda para a estreia em Lisboa da peça "Sh!t theatre drink rum with expats", em 24 de março, pelo duo britânico Sh!t Theatre, que repetirá no dia seguinte, e para os auéééu e o escultor Fernando Roussado que, de 27 a 29 de janeiro, estarão no TBA a apresentar a peça “Sem título#8”, que se estreia antes n'O Espaço do Tempo, em Montemor-o-Novo, um espetáculo onde o criador irá esculpindo em tempo real.
Na área da música, Pierre Bastien, músico francês que atua na “fronteira entre as artes plástica e a música”, apresentar-se-á, a 20 de janeiro, com trompete e objetos vários, acompanhado por Vuduvum Vadavã (voz e eletrónicas e Paua 'synth') e Cire Ndiaye (violino).
Ainda na música, a 17 de fevereiro, será a vez de Cândido Lima se apresentar ao piano, eletrónica e projeções, no âmbito do Festival Rescaldo, certame que este ano realizará a 13ª edição e que, pela primeira vez, colabora com o TBA, segundo a programação.
No mesmo dia, e também no âmbito do Rescaldo, atuarão naquele espaço André Gonçalves (sintetizadores modulares), Maria da Rixa (violino e eletrónica), Violeta Azevedo (flauta e eletrónica), César Burago (percussão) e Joana Linda (fotos).
A 18 de março, destaque para o regresso a Portugal do projeto Oba Loba, que apresentará o trabalho “Pantufa alcalina” editado no início da pandemia. Norberto Lobo (guitarra elétrica) e João Lobo (bateria) são dois dos elementos de Oba Loba.
Na área das artes perfomativas constam ainda “Tirana”, um espetáculo de coreografia imersiva de Luísa Saraiva, de 09 a 11 de fevereiro, e Salmira Elagoz, naquela que é a segunda passagem da criadora pelo TBA, depois de ter atuado Lux Frágil.
Samira Elagoz traz a Portugal um trabalho sobre as etapas por que passou no seu processo de transição de género, documentado no filme/performance ao vivo, intitulado “Seek Bromance”, que lhe valeu o Leão de Prata da Bienal de Veneza deste ano.
O Teatro do Bairro Alto apresenta ainda outras propostas de programação para o primeiro trimestre de 2023, nomeadamente nas áreas de discurso e práticas de leitura, que são "encontros de regularidade incerta" em torno de publicações “entusiasmantes, porque urgentes, interessantes, desarmantes ou prementes, autoeditadas ou não”, segundo o dossiê com a programação do teatro.
O primeiro desses encontros realiza-se dia 14 de janeiro e tem como mote a obra “Suite em branco”, da autora sueca-iraniana Athena Farrokhzad, editado pela Douda Correria.
Athena Farrokhzad, poeta, dramaturga, tradutora e crítica literária sueca nasceu em Teerão. Atualmente é curadora para a área da literatura da Kulturhuset de Estocolmo. Publicou em 2013 o seu primeiro livro de poesia, "Vitsvit" ("Suite em Branco"), traduzido em quinze línguas.
“Athena Farrokhzad com Alejandro Urrutia, Letícia Larín, Nuno Marques e Nuno Moura” é o título do encontro marcado para o TBA.
A programação completa do primeiro trimestre do Teatro do Bairro Alto pode ser consultada em https://teatrodobairroalto.pt/proximos-eventos/.
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