A digressão em Portugal coincide com a reedição, na próxima primavera, do seu álbum "El Paradís de les Paraules", que celebra o 10.º aniversário.

Este álbum, que inclui as canções "Seguiu-me al Desert, Amics" e "Quina Paent Vesprada al Llit", foi considerado o Melhor Disco Folk de 2011 pela revista Sons de la Mediterrània e recebeu o Premio Ovidi 2011 nas categorias de Melhor Disco e Melhores Arranjos.

Carles Dénia abre a digressão portuguesa, na Casa da Música, no Porto, onde atua no dia 18 de março, em trio, com Lluna Aragón (violino) e Pau Figueres (guitarra).

"Neste concerto, o músico apresentará um repertório que traduz, de alguma maneira, a sua viagem de amor pelas raízes ibéricas", segundo o comunicado da promotora.

Depois segue para Lisboa, onde canta no Teatro S. Luiz, e Bragança, no Teatro Municipal, respetivamente, nos dias 19 e 20 de março.

Nestes dois palcos, o músico espanhol apresenta o seu projeto "El Paradís de les Paraules", em formato de quinteto, com Aleix Tobias nas percussões, Pau Figueres na guitarra, Carlos Monfort no violino e Guillem Aguilar no baixo.

Em "El paradís de les paraules", Carles Dénia musicou e interpretou os poetas al-andaluzes Ibn al-Jannan, Ibn Khafaja, Ibn Lubbun ou Ibn Al-Abbar, cujos poemas foram adaptados pelo poeta Josep Piera, autor de mais de uma dezena de livros.

Carles Dénia despede-se de Portugal, no dia 1 de abril, com uma atuação, em formato de trio, na Fábrica das Ideias, na Gafanha da Nazaré, no distrito de Aveiro.

Carles Dénia iniciou-se nas lides musicais aos 11 anos, como baterista de grupos de baile, aprendeu a tocar guitarra flamenca e cantando para dançarinos e ouvindo nomes de referência da música tradicional como Tomás Pavón, Manolo Caracol, La niña de los peines, Manuel Torre, entre outros.

Denia realizou digressões à China, Vietname e Turquia. O músico trabalhou, entre outros, com os grupos La Primavera, Labryenco, Silvia de Paz e Grupo Sentío Flamenco, NL Mundo e colaborou ainda com o International Dance Theatre, de Amsterdão, Mónica Triga y su Grupo, a Orquestra Sinfónica Pablo Sarasate de Pamplona (Espanha), o Coro de la Generalitat Valenciana (Espanha),o Amsterdam Percussion Group e a Limburg's Symfonie Orkest, dos Países Baixos.

Carlos Dénia experimentou a ópera, tendo participado em "Carmen y La Vida Breve", de Manuel de Falla.

Além do multipremiado "El paradís de les paraules", que apresentou ao vivo pela primeira vez em julho, na sua terra natal, Dania, no sul de Espanha, na Comunidade Autónoma Valenciana, da sua discografia refira-se "Salmuera" (2008) ou o mais recente "Cant Espiritual" (2018).