Mauro Martins é eufonista e solista internacional de eufónio e lançou o disco “Flow”, com 14 faixas, que tem a participação de Bernardo Pinhal (piano) e dos convidados especiais Sérgio Carolino (tuba) e Daniel Bernardes (piano).

O músico disse hoje à agência Lusa que o projeto de lançamento do álbum surgiu “porque a própria carreira já pedia” a edição de uma obra e, no final dos concertos, as pessoas também pediam gravações do seu trabalho.

O projeto foi agora concretizado por Mauro Martins, que é professor na Escola Profissional de Artes da Beira Interior (EPABI) e músico ‘freelancer’, com o patrocínio das marcas que o apoiam e do município de Celorico da Beira.

O disco “Flow” está disponível em algumas lojas da especialidade e, em breve, também estará nas plataformas online.

Sobre o título da obra (‘Flow’, fluxo em português), o autor explicou que surgiu associado à atual situação de pandemia: “Nós não fluímos, não somos livres, estamos presos a uma incerteza e com o título quis transmitir a importância de fluir, tanto na vida, como na natureza, como na música”.

Segundo Mauro Martins, a edição de um disco “é sempre um marco importante na carreira de qualquer músico, em qualquer área”, e o seu projeto está a ter um “‘feedback’ super positivo” por parte de músicos e do público.

Referiu ainda à Lusa que viver e trabalhar no interior do país, como é o seu caso, não constitui obstáculo para a concretização de projetos musicais. “Temos o entrave de não termos tantas oportunidades para tocar, mas estamos a ir no bom caminho”, sublinhou, acrescentando que, caso a candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura em 2027 seja vencedora, “irá abrir muitos campos” e trará investimentos para a região.

Mauro Martins é um jovem músico português, que nasceu na Suíça em 1995, para quem a música é, desde os 10 anos, “uma motivação que se tornou um modo de vida que confere felicidade e realização”.

O músico teve o primeiro contacto e paixão pela música numa Banda Filarmónica como grande parte dos instrumentistas de sopro em Portugal, onde tocava trompete.

“O meu avô era músico amador numa banda filarmónica, tocava todos os dias saxofone para mim e foi a partir daí que me apaixonei pela música”, contou.

Por isso, Mauro dedica o seu primeiro álbum aos avós, de quem obteve “uma reação muito positiva”.

O músico de Celorico da Beira ingressou aos 15 anos na EPABI (Covilhã), onde concluiu o curso Básico de Instrumento (2010-2013) e, posteriormente, o curso Instrumentista de Sopros e Percussão (2013-2016), na classe de eufónio, tendo trabalhado com os professores Nuno Machado, Ricardo Antão e Luís Oliveira, entre outros.

Em 2016 concorreu e foi admitido na ESMAE – Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (Porto), na classe do professor Sérgio Carolino e Ricardo Antão, na qual finalizou a licenciatura com nota máxima de 20 valores no recital final.

Mauro Martins tem participado em alguns concursos internacionais, destacando-se o 1.º prémio no concurso de sopros “Terras De La Salette” (Oliveira de Azeméis), categorias Júnior (2014) e Sénior (2015) e o 1.º prémio no Concours International de Saxhorn, Euphonium and Tuba de Tours (França, 2019).