Nicolau Breyner, "embaixador de Serpa e do Alentejo, homem de artes e da cultura", "permanecerá ligado" à cidade, "relação que a câmara municipal pretende enaltecer, propondo atribuir o seu nome ao cineteatro municipal, após obras de requalificação", refere a autarquia, num comunicado enviado hoje à agência Lusa.

Na segunda-feira, em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Serpa, Tomé Pires, disse ter recebido com "choque" e "grande sentimento de perda" a notícia da morte de Nicolau Breyner, natural do concelho alentejano e do qual "nunca se desligou".

"É com grande sentimento de perda que damos conta desta notícia. Acaba por ser sempre um choque e, logicamente, que o concelho de Serpa", tal como "o Alentejo e o país, fica sempre um pouco mais pobre", afirmou o autarca.

Segundo Tomé Pires (CDU), apesar de Nicolau Breyner se ter dedicado, enquanto, ator, realizador e produtor, a "uma atividade profissional que exige muito das pessoas", não perdeu os laços à sua terra natal.

"Ele, ainda assim, nunca se desligou da sua terra natal, do seu concelho, das suas gentes e isso é de facto de louvar", elogiou, referindo que Nicolau Breyner, "sempre que possível, estava por Serpa" e, "muitas vezes", colaborou com a câmara, "em muitas situações" e "em muitos projetos conjuntos".

"Logicamente que é um sentimento de perda que temos aqui no nosso concelho, em primeiro lugar pela pessoa e, depois, por todo o seu trabalho", acrescentou o presidente do município.

Nicolau Breyner morreu na segunda-feira, em casa, em Lisboa, aos 75 anos, e as exéquias realizam-se hoje, na Basílica da Estrela, na capital portuguesa, a partir da 19:00, sendo rezada missa de corpo presente às 20:00.

O funeral realiza-se na quarta-feira, a partir das 15:00, com uma missa na Basílica da Estrela, seguindo depois para o cemitério do Alto de São João, onde o corpo será cremado.

Natural de Serpa, no distrito de Beja, onde nasceu a 30 de julho de 1940, o ator, com uma carreira de mais de 60 anos, deixou uma marca nos palcos e na televisão portuguesa, sobretudo através de comédias e de telenovelas como "Vila Faia" e "Cinzas", entre outras.

Ficou também conhecido do grande público em programas de televisão como "Eu Show Nico" e "Nicolau no país das maravilhas", no qual criou o ´sketch` "Senhor feliz e senhor contente", com Herman José.

Anteriormente, Nicolau Breyner tinha trabalhado no teatro de revista e em comédia.

Nicolau Breyner terminou o curso do Conservatório em 1960, ano em que se estreou na peça "Leonor Telles", de Marcelino Mesquita, sob a direção de Francisco Ribeiro, levado à cena pela companhia Teatro Nacional Popular, no Teatro da Trindade, em Lisboa.

Trabalhou igualmente no cinema, como ator e realizador, tendo colaborado com António-Pedro Vasconcelos ("A Bela e o Paparazzo", "Os Imortais", "Os gatos não têm vertigens"), João Botelho ("Corrupção") e Leonel Vieira ("A arte de Roubar"), entre outros.

Apesar do tempo passado em Lisboa, Nicolau Breyner nunca esqueceu o Alentejo e cumpriu funções políticas na região.

Nos anos 1990, candidatou-se à Câmara de Serpa, pelo CDS-PP, e assumiu funções como vereador.

Nicolau Breyner estava, atualmente, a participar nas gravações da telenovela da TVI "A Impostora".

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