Gonçalo Formiga (voz e guitarra), Pedro Zina (guitarra baixo) e Ricardo Mendes (bateria)  têm algo em comum: o gosto por rock alternativo e, garantem-nos, o profissionalismo. O trio compõe os Cave Story, banda que, lentamente, vai-se dando a conhecer ao público português. O grupo editou esta semana o seu primeiro EP, "Spider Tracks", disponível online no seu site oficial. Saltámos para uma conversa com os três rapazes e descobrimos o que andam a fazer. 

Cave Story

Como é que surgiu este vosso projeto?

Pedro Zina: Eles dois, o Gonçalo e o Ricardo, já tocavam noutra banda. Mais tarde convidaram-me a mim para o baixo e a partir daí formou-se a banda atual.

Gonçalo Formiga: Fizemos umas demos no final de 2013, em outubro, demos concertos ao longo de 2014 e gravámos mais coisas. Agora estamos a lançar o nosso primeiro EP.

Como surgiu o nome para a banda?

Pedro Zina: O nome da banda vem de um jogo que nós estávamos a jogar na altura, chamado "Cave Story", e soou bem. Não há muita história para o nome, é porque soa bem, simplesmente.

Através das vossas demos puderam tocar em alguns festivais. Como foi a experiência?

Gonçalo Formiga: Até agora tem sido boa. Tocámos na primeira edição do Reverence, agora no Barreiro Rocks, no Vodafone Mexefest e em algumas salas pequenas em Portugal. Temos sempre pessoas muito fixes, em Rio Maior, mesmo nas Caldas de onde nós somos. Tem sido boa a experiência de tocar ao vivo.

Vocês optaram por compor músicas na língua inglesa. Estão a pensar, futuramente, fazer algo em português?

Todos: Não.

Gonçalo Formiga: Ouvimos música em inglês, as nossas influências são  inglesas e vemos a música como uma coisa em inglês também. Dessa forma, para nós é natural. Não temos nada contra o português, é apenas uma questão de naturalidade.

Quais são os artistas que mais vos influenciam?

Gonçalo Formiga: É muita coisa. Se calhar o que se reflete mais nestas últimas músicas é o punk, pós-punk dos anos 70, 80 e inícios dos 90.

No ano 2014 saiu online a apresentação do vosso EP. Qual tem sido o feedback?

Gonçalo Formiga: Tem sido positivo. Ele já está disponível online e agora, oficialmente, numa edição física. Temos tido uma boa receção, as pessoas têm gostado e têm vindo falar connosco. Querem-nos a tocar em sítios. É o melhor que nós podíamos pedir.

As vossas canções são produzidas nas vossas próprias casas. Como é que tudo se processa?

Gonçalo Formiga: Com o tempo fomos adquirindo mais material para tornar tudo possível e isso faz parte daquilo que nós fazemos. Pois gostamos de produção, gravação e mistura e então, para nós, faz tudo parte do processo criativo. Sentimos que quando estamos a misturar ainda estamos também a compô-la por isso, para nós é natural também.

Chegámos a 2015 e esta semana é especial para vocês pois, é a do lançamento oficial do vosso EP. O que é que estão a sentir?

Pedro Zina: Estamos ansiosos para que chegue a mais pessoas e pudermos tocar cada vez mais. Dar mais concertos é o que nós queremos neste momento.

No próximo dia 14 vão ter o vosso concerto de apresentação no Sabotage Club, em Lisboa. O que é que o público pode esperar dele?

Pedro Zina: O mesmo de sempre. Nesta parte não sabemos muito o que dizer.

Gonçalo Formiga: Não somos especialistas a vender a banda, mas podemos vender a noite em si. Além da apresentação do nosso EP temos os Ghost Hunt, que será o primeiro concerto deles.

Pedro Zina: Que promete!

Gonçalo Formiga: Sim, gostámos do que ouvimos apesar de nunca os termos visto ao vivo. Estamos entusiasmados para ver o concerto deles.

Se pudessem roubar uma qualidade física a algum de vocês. A quem roubariam e o quê?

Gonçalo Formiga: Eu acho que ter dois metros e meio de altura como o Zina tem é capaz de ser positivo.

Pedro Zina: Eu era o cabelo do Gonçalo. Apreciava imenso!

Ricardo Mendes: Talvez os olhos do Gonçalo. Ele tem uns olhos bonitos! (risos)

Se pudessem lançar um feitiço uns aos outros. A quem lançariam e o quê?

Gonçalo Formiga: O feitiço era lançar esta pergunta para o Pedro! (risos)

Pedro Zina: Qual é que era aquele feitiço do Harry Potter? Wingardium Leviosa!

Então ias fazer alguém levitar. Quem?

Pedro Zina: Aqui o Ricardo levitava.

Ricardo Mendes: É uma pergunta complicada. Na verdade, eu não sei.

Se tivessem um perfume só vosso que nome lhe dariam?

Gonçalo Formiga: Roberto!

Pedro Zina: Roberto…

Ricardo Mendes: Roberto também.

Numa única palavra, como é que se descreveriam como músicos?

Pedro Zina: Profissional.

Gonçalo Formiga: Profissional.

Ricardo Mendes: Está tudo dito. Profissional. (risos)

Qual é a música do álbum mais significativa para vocês?

Ricardo Mendes: Todas.

Pedro Zina: Talvez a “Fantasy Football”.

Gonçalo Formiga: Todas também. Mas a “Fantasy Football”.

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Fotografias: Carina Sousa