Capicua, António Zambujo, David Fonseca e Anselmo Ralph fecharam a primeira edição d’O Sol da Caparica, no passado sábado. Prometida fica uma segunda edição, garante o presidente da Câmara de Almada, que se dirigiu aos festivaleiros a partir do palco principal. Numa noite de enchente, “o que se passou na Costa fica na Costa”. Contudo, nós aqui no SAPO On The Hop vamos contar-te como foi este terceiro dia de festival.

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Já atrasada, Capicua subiu ao palco às 19h15 para apresentar o último álbum, Sereia Louca. E loucura foi o que não faltou neste concerto de rap no feminino. Constantemente a celebrar as mulheres, a rapper portuense foi poeta e senhora do palco: “tenho um búzio a dizer-me coisas ao ouvido” – hora de Sereia Louca, o single de apresentação. A estrear-se na Margem Sul, Capicua não deixou escapar a oportunidade de cantar A Mulher do Cacilheiro, uma das canções do novo álbum. Deu continuidade à portugalidade em Vinho Velho – “vamos fingir que estamos todos num sofá”, disse – e rumou ao final em grande com a reconhecida Vayorken.

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Às 22h em ponto, Zambujo começava a dar os primeiros acordes no palco principal. Sempre num registo calmo e tocante, este foi um concerto ideal para os apaixonados. No público viam-se muitos casais a aproveitar as letras melosas de António Zambujo, onde não faltou a aclamada Lambreta: “Vem dar uma voltinha na minha lambreta | Vê só como é bonita | É vaidosa, a rodinha mais vistosa | Deixa um rasto de cometa”

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Também a horas, David Fonseca entrou em palco a matar. O português mergulhou em Seasons, o seu último trabalho, e deu primaveras de alegria ao público. Dos sons eletrizantes à voz melódica de Fonseca, passando pela sua veia de performer que brinca com o micro ao mesmo tempo que salta ininterruptamente, este foi um concerto-festa para a multidão que já se juntava no Palco SIC/RFM. Depois de muitos “I Love You” ou “Love With You”, o cantor enfrentou o primeiro problema técnico da noite, que viria a repetir-se uma segunda vez.

Mas, como dizem, “à terceira é de vez” e, por isso, Fonseca e a sua banda voltaram para ficar. “Isto pode continuar a acontecer o resto da noite, mas nós voltamos sempre!”, disse o vocalista. Para compensar, brindou o público com A Cry 4 Love e Someone That Cannot Be Loved, duas músicas que levaram o público ao rubro. Ao piano, David Fonseca dirigiu-se ao público: “O que se passa na Costa fica na Costa” – oportunidade para fazer uma cover da música-tema do festival, O Sol da Caparica, dos Peste&Sida. Kiss Me Oh Kiss Me, Superstar e Stop 4 A Minute fecharam o concerto que ainda teve direito a um rol de covers internacionais, onde Video Killed The Radio Star à voz do telefone, “o objeto favorito” de David Fonseca porque lhe “permite ir ao passado”, fez-se notar.

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Contudo, a multidão que se juntava no recinto vinha com um objetivo claro: ver Anselmo Ralph. O cantor subiu ao palco às 00h30 e durante 1h15 foi Rei. Sem Ti fez as hostes, mas foi Curtição que começou a aquecer os corações da Caparica. Acompanhado por quatro dançarinos, Ralph deu um espectáculo sofisticado onde não faltaram músicas como Aplausos Para Ti, Única Mulher e, claro, Não Me Toca. Aliás, o single que catapultou Anselmo Ralph para a ribalta (e também com a ajuda da RFM, tal como o cantor fez questão de notar) serviu de encore para uma noite que só terminou com um Muito Obrigado, última canção do último álbum de Ralph, aos fãs.

Fotografias: Joana Jesus