“Acreditamos que é precisamente por aqui, pelo festival literário e da cultura, do teatro e de todas as expressões artísticas, que o Outono Vivo se pode diferenciar, tendo como pilar naturalmente sempre a feira do livro”, adiantou hoje o presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, Tibério Dinis, na conferência de imprensa de apresentação do programa do festival.

Durante 17 dias, além de uma feira do livro com cerca de 20 mil títulos, o festival Outono Vivo inclui apresentações de livros, espetáculos musicais, peças de teatro, cinema e conferências.

Segundo o autarca, o Outono Vivo já se consolidou enquanto “maior feira do livro dos Açores”, e está “ao nível das melhores feiras do livro do país”, mas quer agora afirmar-se como um evento cultural capaz de atrair turistas à ilha Terceira na época baixa.

“Acreditamos que o Outono Vivo pode e deve evoluir para ser também um atrativo turístico. Ainda estamos longe do Outono Vivo 'per si' ser um atrativo turístico para a época baixa, mas acreditamos que, consolidando a componente de festival literário, com nomes de escritores, de atores e de peças de teatro de qualidade, conseguiremos ter no futuro um Outono Vivo que, 'per si', seja capaz de atrair visitantes à região”, salientou.

Com um orçamento de 25 mil euros, a autarquia quer reforçar a credibilidade do festival junto dos grupos editoriais e dos autores para atrair público de fora da ilha, mas, segundo Tibério Dinis, já existe trabalho feito.

“Há seis anos, nós é que andávamos atrás das editoras, nós pedíamos que viesse um escritor qualquer de referência e renome ao Outono Vivo, porque a presença de escritores nacionais no Outono Vivo era quase inexistente. Passados alguns anos, a dificuldade é do leque alargado que é oferecido pelas editoras, escolher e selecionar de acordo com a programação”, frisou.

O Outono Vivo conta, este ano, com “cerca de 50 mil livros e uma média de 20 mil títulos”, de 30 grupos editoriais.

“A feira do livro, na sequência dos anos anteriores, continua a ser um evento em que temos tido bastante adesão de todas as editoras. Tivéssemos espaço para introduzir mais editoras, que cada vez mais conhecem o nosso evento e fazem questão de cá vir”, afirmou Carlos Lima, da Papelaria 96, que organiza a feira, em colaboração com a autarquia.

Só das escolas da ilha Terceira chegam 2500 visitantes, mas Tibério Dinis estima que passem todos os anos pelo Outono Vivo entre “20 mil a 25 mil pessoas”.

Entre os autores que, este ano, apresentam livros na Academia da Juventude e das Artes da Ilha Terceira, na Praia da Vitória, estão Ruy de Carvalho, Maria João Fialho Gouveia, Raúl Minh’Alma, Margarida Fonseca Santos, Carla Lopes Gomes, Marco Costa, Maria Francisca Mancebo, Ana Sofia Fonseca, Samuel F. Pimenta, João Paisana Lopes, Edgar Valles, Teresa Cardoso Ribeiro, Ana Eduarda Rosa e a autora de manuais de educação ambiental Fernanda Botelho.

O escritor terceirense Joel Neto volta a organizar uma mesa redonda que este ano conta com a participação dos escritores Rodrigo Guedes de Carvalho, Ana Margarida Carvalho, João Pinto Coelho, Vamberto Freitas, José Mário Silva e Luís Corredoura.

O programa inclui também conferências sobre várias temáticas ligadas à história e à cultura da ilha Terceira e uma tertúlia com o psiquiatra e escritor Daniel Sampaio.

Há ainda música, teatro e cinema, neste Outono Vivo, com o espetáculo "Trovas&Canções - Atores, Poetas e Cantores", com Ruy de Carvalho, o concerto "Outonalidades da Guitarra", de Silvestre Fonseca, a peça de teatro "A visita", de Pedro Giestas, e a exibição do filme português "Al Berto", de Vicente Alves do Ó, sobre o poeta de "Horto de Incêndio", entre outros eventos.

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