Se sexta a ressaca musical era grande e o sol abrasador complicava a nossa vida, sábado já só tivemos problemas em manter-nos secos.
A noite liderada por The War on Drugs foi aborrecida, salvo o adorável Charles Bradley, mas pelo menos voltámos para as tendas contentes com mais um dia cheio. O problema foi acordar sábado com o clássico (e um pouco irritante) soundcheck às 11h e ficar enclausurado a jogar solitário. A chuva quase não parava, perdeu-se um dia a procurar alternativas espaciais à tenda molhada mas não havia. Dá que pensar que num festival onde a chuva não falta não haja essa preocupação, mas ao fim da tarde a chuva passou e passamos a pelo menos ter opções musicais.
E foram várias: Fred e o seu casal amigo Magalhães-Camelo voltaram a ser fofinhos o suficiente para não fazerem nada que não tivessem já feito; Sylvan Esso e Fuzz partiram tudo o que puderam; Temples reforçaram a sua imagem de bons meninos; Lykke Li cantou a sua canção e tentou mostrar mais umas da sua autoria mas nada de especial; e por fim Ratatat. Não há muitas bandas que consigam fazer em estúdio ou em concerto o que estes senhores conseguem, e, apesar de por vezes o resultado da sua visão ser um pouco foleiro, ganham sem grande concorrência o titulo de concerto mais espectacular. Ainda houve after hours mas a experiência nesta rubrica de concertos até então foi tão má que não quisemos repetir.
Domingo, o dia da despedida emocional, resume-se a chuva e lama. Foi um festival muito lindo e quero voltar de certeza, mas quase de certeza que não é para acampar.
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